Por fim, DEBORA RODRIGUES DOS
SANTOS, no mesmo dia 8, na Praça dos Três Poderes, em Brasília/DF, destruiu e
concorreu para a destruição, inutilização e deterioração de patrimônio da
União, ao avançar contra as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal
Federal, fazendo-o com violência à pessoa e grave ameaça, emprego de substância
inflamável e gerando prejuízo considerável para a União
Trecho do voto de Alexandre de Moraes, ministro do STF, que condenou a cabelereira a 14 anos de cana dura por ter pichado com batom a frase Perdeu Mané na estátua da deusa Têmis em frente ao STF durante os acontecimentos de 08/01/2023. Ficou presa por dois anos, mesmo sendo mãe de dois filhos menores. Sua prisão foi relaxada para domiciliar depois de inúmeros pedidos da defesa sempre negados pelo Todo-Poderoso Xandão sob a alegação de que a ré representava periculosidade social de acordo com a Gazeta do Povo.
Na sua total falta de imparcialidade, o ministro caracteriza o batom como substância inflamável no seu voto, recusa a petição da defesa de uma trabalhadora, mãe de dois filhos menores para cumprir a pena em domicílio alegando sua periculosidade social.
O Perdeu Mané rabiscado na estátua da deusa grega da Justiça e porisso representada de olhos vendados para significar imparcialidade tem tudo a ver. Nosso Poder Judiciário perde credibilidade - as pesquisas comprovam - com a postura e as decisões da Suprema Corte no episódio.
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O presidente do Tribunal nunca
disse que a corte “defeated Bolsonaro”. Foram os eleitores.
Trecho da Nota do STF em resposta a um editorial da revista The Economist de 16/04 que tece críticas a atuação da Suprema Corte brasileira. Lá pelas tantos está escrito :
In 2023, the court's president boasted it had defeated Bolsonaro.
Posteriormente a revista corrigiu o texto para had defeated bolsonarismo, a palavra que o ministro usou em discurso em tons de comício no Congresso da UNE em Brasília;
- Nós derrotamos a censura, nós derrubamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia....
... então o nós referia-se aos eleitores, STF? Qualquer indíviduo na devida posse de razão não vai entender a frase dentro dessa ótica; além do mais, trocar Bolsonaro por bolsonarismo em pouco vai mudar o que ele disse. Não quisesse ser parcial, não usasse nós e tampouco bolsonarismo. O ministro foi infeliz nas declarações. Para justificar, a nota da Suprema Corte apela para uma das especialidades de quem faz do uso das palavras e das piruetas da retórica uma arma - o meio jurídico entre outros. Lamento, mas...
- Perdeu Mané.