Na mata,
a cada nascer do dia,
bem-te-vis e sabiás
alternam-se a reger
uma colorida e alegre sinfonia.
Nos jardins do escritório,
as murteiras
vestem-se com efêmeras florezinhas brancas
que rescendem a jasmim
e flor de laranjeira.
Nas ruas,
as pessoas despem-se
de suas roupas cinza
de suas almas duras.
Investem nas cores
abrem as portas para a alegria.
Enquanto eu,
coração desafinado,
desafio a pequenez,
namoro com o abismo.
Embalo minha dor
com o lamento
do violão de Paco de Lucia
em Concerto de Aranjuez.
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