Foi em 7 de dezembro. Taí outra personagem com quem me identifico e que me fascina. Aquele seu ar distante, misterioso, inacessível; aquela classe - a foto na praia do Leme, capa do livro O Rio de Clarice, de Teresa Monteiro publicada na Folha de 7 de dezembro diz tudo - fazem dela uma mulher incomum para os padrões brasileiros.
Assim como sua literatura, inclassificável no panorama literário do país. Com Guimarães Rosa é a maior expressão literária brasileira da segunda metade do século XX, de acordo com Pedro Correa do Lago.
Não é literatura fácil. Li A maçã no escuro já faz um bom tempo e a impressão que ficou foi de que sua prosa tem muito de poesia. Preciso lê-la ainda mais, antes que passe dessa para a outra. Ela é daquelas pessoas em que vale a pena apostar.
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