sábado, 20 de abril de 2019

A cabeça do brasileiro.

O Brasil e o brasileiro passaram a me fascinar depois que tomei consciência da  nossa teimosia em não dar certo. Somos donos de um imaginário sui generis, e  sou extremamente cético quando apontam soluções que funcionaram lá fora, para resolver nossos impasses. Se não levarem em consideração nossos barrocos arquétipos mentais terão uma possibilidade muito grande de darem errado.
Querem dois exemplos da tortuosidade do nosso imaginário? Leiam os artigos de Contardo Calligaris escrito para a Folha em 18.04 e Hélio Schwartsman para a Folha de ontem. No primeiro vocês ficarão perplexos com a a pesquisa pessoal que o psicanalista fez a respeito do comportamento de um brasileiro diante daqueles dois botões com seta prá cima e prá baixo que comumente são colocados ao lado da porta do elevador.  No segundo, a perplexidade crescerá ainda mais com os resultados de uma pesquisa da Folha de 2010 que constatou que 7% dos que se diziam ateus, acreditavam em Adão e Eva e que 23%  eram partidários da evolução mas supervisionada por Deus. 
Para um analista  prudente, desaconselho opiniões apressadas sobre o Brasil e os brasileiros.  Não é tema para leigos.

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