O texto é da Rebelião das Elites e a Traição da Democracia de Christopher Lasch, do capítulo A abolição da vergonha onde é citado o estudo psicanalítico sobre a vergonha de Leon Wurmser The Mask of Shame:
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O que as pacientes de Wurmser experimentam como sendo vergonhoso é a contingência e a finitude da vida humana, nada mais do que isso. Elas não podem se reconciliar com a intratabilidade dos limites. O registro do seu sofrimento nos faz ver por que a vergonha está tão intimamente associada com o corpo, que resiste aos esforços para controlá-la e que, portanto, nos lembra, vívida e dolorosamente, de nossas inevitáveis limitações - a inevitabilidade da morte sobre todas as coisas. É a servidão do homem à natureza, como Erich Heller disse certa vez, que o faz sentir vergonha. Tudo o que é natureza nele (...)tudo que mostra que ele é escravo das leis e necessidades impermeáveis à sua vontade, torna-se fonte de insuportável humilhação, que pode se manifestar de maneiras aparentemente incompatíveis: no esforço para se esconder do mundo mas, também, no esforço para penetrar nos seus segredos. O que estas reações opostas tem em comum é um tipo de abominação diante de tudo que for misterioso e, portanto, resistente ao controle humano. A vergonha, escreveu Nietzche, existe sempre onde houver um "mistério".
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