Carnavalizaram o brutal espancamento seguido de morte do soldador João Alberto Silveira Freitas, o Beto, por seguranças de uma loja do Carrefour em Porto Alegre. A própria família reclamou. Assisti ao vídeo com as cenas da violência a que ele foi submetido e não vi nenhuma menção à cor da pele. Até agora, todos os antecedentes depõem contra a vítima, o que não justifica - per supuesto! - o violência desproporcional utilizada pelos seguranças.
Entretanto, as minorias organizadas e progressistas de todos los colores, faturaram com o triste episódio. Morte violenta de um negro/preto/afrodescendente - não sei até hoje o termo correto para não ferir suscetibilidades! - às vésperas do dia da Consciência Negra é deveras um prato cheio. Os tambores rufaram e como....Parafraseando - quem diria! - o general Geisel não passam de pescadores de águas turvas.
Comovente ver tanto progressista pregando que não basta não ser racista; ser antirracista é necessário... atribuindo o crime ao tal do racismo estrutural do país... afirmando que o racismo está na raiz da desigualdade que nos acomete... e por aí vai.
É inegável que existe racismo no Brasil; muitas vezes dissimulado, porque somos uma nação de dissimulados, mas, de imediato, estabelecer uma relação entre o crime e a cor da pele e fazer disso um cavalo de batalha é despropositado. A opinião mais ponderada que ouvi até agora, foi a da delegada responsável pelo caso. Comungo com a corajosa opinião do grande Tinga, que fez parte daquele time do Inter que ganhou o Mundial de Clubes estampada no UOL de hoje. Pessoalmente, entendo que mantidas todas as condições de contorno, colocássemos no lugar do Beto, algum despossuido da terra - pardo ou branco - muito provavelmente as ações de violência teriam se repetido.
Como disse o poeta, a cor do sangue que corre nas minhas veias é a mesma do sangue que corre nas veias de um preto, pardo, amarelo, índio; até mesmo de um gremista!. Parem por favor de racializar o problema. É só mais uma maneira de dividir, fragmentar, segregar. O mundo caminha para se tornar um imenso deserto povoado por bolhas habitadas por tribos que brotam com a velocidade dos cogumelos, irrigadas pela equivocada chuva da diversidade cultural.
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