divida o mesmo teto, quarto, banheiro, ou como diriam os mais velhos... case. Foi o diagnóstico dado pela mãe de uma professora de filosofia em entrevista a um programa sobre o Amor - ora,ora... - que ouvi recentemente na rádio MEC.
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Vem a propósito, pois tornei-me muro das lamentações de uma pessoa próxima que enviuvou e cansado da solidão, reatou um velho romance da juventude. Passaram a dividir um apartamento, mas a convivência acabou sendo ingrata. Revelou as idiossincrasias de um e outro, que o ardor da juventude sobrelevou no passado. Perdeu ele que acabou levando o indesejado e doído pontapé na bunda. Agora lambe as feridas.
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Não tive experiências duradouras com mulheres para opinar a respeito, mas experiências recentes em viagens que fiz com pessoas próximas, propiciaram-me a experiência da conviver sob um mesmo teto e devo confessar, o preço pago por ela foi muito alto. Talvez a velhice tenha me tornado mais idiossincrático e menos compreensivo com as deficiências alheias. Haja afeto, boa vontade e empatia - palavrinha da moda. Dividir o teto com outra pessoa é uma hipótese remotíssima. E olha que ficar só em idade avançada, deve ser um prato bem indigesto. Mesmo com tal perspectiva sombria, continuo dando asas à solidão.
*******- Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem
já dizia o bom e velho Millor.
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