Pó de estrelas
Mero traço
cortei teu espaço.
Insignificante,
estrelinha de quinta,
nota de rodapé,
aposto,
reles figurante
despedaço-me
nas pedras
da tua distância.
Banal,
não passo de efeito colateral.
Doi demais
tamanha irrelevância.
Velas ao vento
faço-me ao largo,
parto
para o mar alto.
Andorinha,
lobo,
agora
marinheiro só.
Outros verões
virão,
outros portos
aportarei.
Algum
me acolherá.
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