Gosto desse cara!
Vemos o mundo com os mesmos olhos e quase tudo que ele escreve, é bálsamo para minha alma.
Vivemos em um mundo maciçamente profano, ou, então, emotivamente religioso. E,na era da religião emotiva, sofrimento não é mais a sombra na alma do pecado original; é sintoma de neurose. A religião foi privatizada pelo individualismo sentimental. Dela, retivemos o que serve de consolação para os infortúnios e o que nos desobriga dos deveres morais. O resto, o que faz coçar a cabeça, é deixado para amanhã ou para os mais afeitos a anjos, santos e bizarrices do gênero. Crenças religiosas, diz-se, existem para nos tornar felizes e não para nos acabrunhar. Dever moral? Tudo bem. Mas com conforto e bem-estar.
Jurandir Freire Costa , O Ponto de Vista do Outro, p. 83, Garamond, 2010
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