Está virando uma praga: a intolerância dos tolerantes. Fico passado com a cara-de-pau
dessa turma - na sua grande maioria, minorias - que usa o argumento da intolerância contra eles para se vitimizarem. Três exemplos do non-sense desse pessoal que - prá piorar as coisas - tem-se na conta de evoluido. Bárbaros são os outros, eu inclusive!
Jeanine Cummings, escritora, branca e americana escreveu um livro: American Dirt, uma novela sobre as desventuras de uma mãe mexicana e seu filho tentando passar pela fronteira dos Estados Unidos. Cairam de pau em cima dela. A turma do lugar da fala, representada aqui por mexicanos argumenta que ela não tem representatividade para falar dos dramas vividos por mexicanos tentando cruzar a fronteira americana. A editora acaba de cancelar uma viagem da escritora pelos States para fazer publicidade do livro temendo violência contra ela.
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Época publicou uma reportagem - Patrulha 2.0 - na sua edição de 13.01.20 em que aborda a cultura do cancelamento, da interdição - cancel culture, call-out culture, política woke - que come solta na esquerda universitária e nas redes sociais alinhadas em torno de causas como o racismo, discriminação contra minorias, a desigualdade de gêneros. No mundo virtual, cancelamento; nas relações pessoais, constrangimento que pode ser físico, como as tentativas de impedir palestras de professores em campi, e mesmo a sua proibição, aí contando com a tolerância da direção da instituição. Tempos estranhos em que a censura não vem mais da direção das escolas mas dos próprios alunos. Há uma idéia que toma conta do ambiente universitário de que este deve ser um espaço seguro. A partir dai começam os exageros: idéias ou palavras incorretas são consideradas ameaças à segurança dos estudantes, particularmente aos que pertencem às minorias.
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A intolerância nos campi americanos é dissecada no livro de Heather Mac Donald: Diversity Delusion: How Race and Gender Pandering Corrupt the University and Undermine Our Culture que leio - faz um tempão - em e-book e não consigo terminar. É uma política belicista que procura bagunçar palestras de quem não é alinhado às causas defendidas por esse pessoal, que afasta professores eméritos com 40 anos de ensino da universidade em conluio com a pusilanimidade dos diretores dos Institutos. Um dos mais recentes conceitos criados por essa turma é o de microagressão racial que serve para denunciar o racismo que de outra maneira seria invisível a olho nú. É a cultura que o direito americano chama de eggshell plaintiffs, coisa de gente que se ofende com qualquer colisão com a vida.
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Voltando à reportagem de Época, baseada no livro The coddling of the American Mind (Jonathan Haidt&Greg Lukianoff)) essa hipersensibilidade e exagero censório está associada à chegada na universidade da geração Z ou iGen (os filhos da minha geração), nascidos a partir de 1995 criados em lares superprotetores, vivem com o celular à mão e com uma visão bem pouco matizada do mundo.
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Fico impressionado com a incompetência dos meus. Além de terem educado mal seus filhos, ainda lhes darão um mundo pior do que receberam.
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A intolerância nos campi americanos é dissecada no livro de Heather Mac Donald: Diversity Delusion: How Race and Gender Pandering Corrupt the University and Undermine Our Culture que leio - faz um tempão - em e-book e não consigo terminar. É uma política belicista que procura bagunçar palestras de quem não é alinhado às causas defendidas por esse pessoal, que afasta professores eméritos com 40 anos de ensino da universidade em conluio com a pusilanimidade dos diretores dos Institutos. Um dos mais recentes conceitos criados por essa turma é o de microagressão racial que serve para denunciar o racismo que de outra maneira seria invisível a olho nú. É a cultura que o direito americano chama de eggshell plaintiffs, coisa de gente que se ofende com qualquer colisão com a vida.
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Voltando à reportagem de Época, baseada no livro The coddling of the American Mind (Jonathan Haidt&Greg Lukianoff)) essa hipersensibilidade e exagero censório está associada à chegada na universidade da geração Z ou iGen (os filhos da minha geração), nascidos a partir de 1995 criados em lares superprotetores, vivem com o celular à mão e com uma visão bem pouco matizada do mundo.
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Fico impressionado com a incompetência dos meus. Além de terem educado mal seus filhos, ainda lhes darão um mundo pior do que receberam.