terça-feira, 19 de novembro de 2024

Poesia Nativista

Gaudêncio Sete Luas

 Composição - Luiz Coronel/ Marco Aurélio Vasconcellos; Interpretação - Leopoldo Rassier.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Um boneco, um robô...

Não. Pelo que lí por aí é uma das filhas do Trump no discurso da vitória dele. Já impressiona em uma única foto, com aquele sorriso de plástico, os olhos no infinito, a maquiagem pesada, os peitos escondidos mas à mostra - look da moda! Reparem a outra foto;  nada mudou na expressão facial. 





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Rostos e sorrisos de plástico - empalhados como diria minha geração - podem ser vistos todo o dia nas fotos das celebs e famosas que infestam nossa mídia mesmo aquela que se considera da melhor qualidade. Como a que não tem nenhuma, vive de curtidas e dos anunciantes. Sinal dos tempos!



sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Para acabar com uma paixão...

divida o mesmo teto, quarto, banheiro, ou como diriam os mais velhos... case. Foi o diagnóstico dado pela mãe de uma professora de filosofia em entrevista a um programa sobre o Amor - ora,ora... - que ouvi recentemente na rádio MEC.

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Vem a propósito,  pois tornei-me muro das lamentações de uma pessoa próxima que enviuvou e cansado da solidão, reatou um velho romance da juventude. Passaram a dividir um apartamento, mas a convivência acabou sendo ingrata. Revelou as idiossincrasias de um e outro, que o ardor da juventude sobrelevou no passado. Perdeu ele que acabou levando o indesejado e doído pontapé na bunda. Agora lambe as feridas.

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Não tive experiências duradouras com mulheres para opinar a respeito, mas experiências recentes em viagens que fiz com pessoas próximas, propiciaram-me  a experiência da conviver sob um mesmo teto e devo confessar, o preço pago por ela foi muito alto. Talvez a velhice tenha me tornado mais idiossincrático e menos compreensivo com as deficiências alheias. Haja afeto, boa vontade e empatia - palavrinha da moda. Dividir o teto com outra pessoa é uma hipótese remotíssima. E olha que ficar só em idade avançada, deve ser um prato bem indigesto. Mesmo com tal perspectiva sombria,  continuo dando asas à solidão.

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- Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem

já dizia o bom e velho Millor. 

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Deixe seu ego à porta.

 Foi o que maestro/produtor/arranjador Quincy Jones, falecido dia 04, afixou na porta do estúdio em Los Angeles por ocasião da gravação de We are the World para o célebre concerto Live Aid em 1985, organizado para combater a fome na Etiópia. Pudera, talvez na maior noite do pop de todos os tempos, controlar em torno de 40 astros da música americana (Bob Dylan, Ray Charles, Michael Jackson, Steve Wonder  e por aí vai...), não era para qualquer um. 

Bem que esta frase poderia estar à porta de todas as salas de reunião do mundo.

Extraido do filme de divulgação do documentário  A noite que mudou o Pop da Netflix.






domingo, 27 de outubro de 2024

Solidão

 ...é a liberdade de todo o contato social. Você está livre para fazer o que quiser, pensar o que quiser e ser quem quiser

(Robert Coplan, psicólogo do desenvolvimento e professor do Depto de Psicologia da Universidade Carleton, Ottawa)

Ele refere-se à solitude, termo bacaninha que inventaram para designar aquela solidão positiva (!?!), que permite restaurar e reiniciar o seu cérebro, segundo o mesmo doutor. Não gosto dessa distinção pois para o fato de estar só, concorrem diversas razões, muitas delas imbricadas.

Talvez o termo tenha surgido porque solidão tem uma conotação negativa e todo mundo foge dela como o diabo foge da cruz, com raras exceções, nem tanto pelo medo de encará-la, mas  pelo preço que um solitário paga ao ser avaliado socialmente. Uma pessoa solteira ocupa os últimos degraus da escala social; é tida como de 2a classe mesmo nos círculos mais progressistas. Hipócritas que todos são, obviamente negarão publicamente. Adoraria ouvir o que falam na turma. Quantos solteiros - não quem está, mas quem é - tem posição de destaque em qualquer atividade, mesmo aquelas dominadas por pessoas de mente evoluida, progressista?

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Não é necessário ser doutor para sair-se com a frase que abre o post. Um solteiro, de carteirinha, como eu, sabe que é isso mesmo. Ser dono do seu nariz psicológica e financeiramente, dá a você esta liberdade. Problema é que custa caro. 

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Viver só e bem é a melhor vingança. 

Já ví essa frase por aí.  Pode ser encarada como um arroubo de alma ressentida, mas é uma boa resposta ao preconceito da sociedade no seu trato com pessoas solteiras.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Fala sério...

 O Rio não é lugar de baderna.

postou nas redes sociais, o governador  Claudio Castro, depois que torcedores uruguaios do Peñarol tocaram o terror na praia do Pontal no Recreio dos Bandeirantes na quarta-feira.

Ontem foi o que se viu na Av. Brasil, com a via interditada e todos escondendo-se por detrás das muretas da via, ônibus e carros,  quando policia e crime se enfrentaram no Complexo de Israel. O saldo? Três civis trabalhando ou a caminho do trabalho, mortos com tiros na cabeça.

Há dias vi uma cena que me deixou estarrecido. Na Muzema, que nem favela é, milicianos armados com fuzis circulavam livremente pelas ruas em pleno dia com sol a pino. Inicialmente pensei que seriam policiais do Bope, mas a realidade sempre supera a ficção por aqui... Há filmes com alguns deles tomando café em uma padaria. 

Tá tudo dominado, mas o nosso governador que não governa - Bernardo Mello Franco escreve no Globo de hoje  que ele é refém da  Assembléia Legislativa (Ai, Jesus!) - bravateia que isso aqui é lugar de respeito.

Nem os uruguaios tidos e havidos como um povo civilizado, talvez o mais em Latino-América, acreditam no governador. Deram-se o direito de fazer aqui, o que nem em sonho fariam por lá. 

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De acordo com mapeamento do Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos da UFF, de 2006 até o ano passado, o território sob o controle de grupos armados no Grande Rio, aumentou de 9 para 19%. Estou achando um número baixo demais para o que se vê na midia.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Ler é meu melhor remédio.

O temperamento introvertido deve ser fator preponderante para que tivesse escolhido como atividades prediletas: caminhada... que poderia ser corrida caso não tivesse sofrido o acidente, leitura, cinema. Sempre diversão  mais afeita a tipos que evitam andar em bandos. Sou dessa estirpe.

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Leandro Karnal na sua crônica de domingo para o Estadão escreveu sobre o hábito de ler:

Uma das coisas mais poderosas para alterar o cérebro é a leitura. Ela implica foco, conhecimento, abstração e capacidade de refletir.

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Ler cura nossas dores? Jamais. Apenas a morte possui esse poder. Os bons livros conferem consciência, nomeiam fantasmas, ampliam horizontes. Ler não muda o mundo, muda minha maneira de percebê-lo. Ler transforma solidão em solitude e, acompanhando literatos esu especialistas em saúde mental, o mundo fica menos isolado. Ler é uma revolução de esperança.

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Ler nos torna melhores? Não. Ler nos torna mais refinados, mais sensíveis, mais abertos para o mundo. Você conhecerá pessoas que lêem muito, arrogantes, cheias de si, mas dificilmente você encontrará um boçal, um sujeito tosco, tacanho,  grande leitor. É minha experiência. 

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Gostaria de ser um leitor melhor. Ler mais livros que  jornais. Livros -  bons, per supuesto! -  são  mais densos, profundos. Jornais são mais superficiais, pontuais, prendem-se à rotina do dia-a-dia, porisso  mais fácies e atrativos para leitura. O preço? uma cultura de almanaque. 

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...e as redes? Não sou usuário. Falam mal, mas ninguém vive sem elas. Pelo que se diz e escreve,  enredam-te num mundinho confortável, em que tudo se passa, acorde com o que o teu imaginário elabora. O preço? Uma cultura de bolha.