domingo, 3 de fevereiro de 2019

Budismo (III)

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O Buda adotou uma posição agnóstica sobre a existência de um criador ou de um Deus. Quando lhe perguntavam se era um homem ou um deus, Buda respondia simplesmente: Eu estou desperto. Durante a sua vida, houve  catorze perguntas às quais o Buda não respondeu, alegando que especular sobre estas coisas não conduziria à paz do Nirvana, nem à liberdade e nem ao final do sofrimento, que constituíam sua mensagem. Hoje em dia o budismo é considerado uma filosofia ética e psicológica, ou uma prática espiritual não-teísta, que não necessita de dogma ou crença para ser praticada e realizada.
 Quando lhe perguntaram, Deus existe ou não?, Buda ficou em silêncio. O universo tem um início e um fim? Novamente, ele permaneceu silencioso. Ele não achava que valia a pena especular sobre essas questões, porque não facilitaria o progresso em direção à liberdade e à paz. 
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De acordo com o Buda, cada um de nós é dotado de uma perfeita natureza búdica, que tem o potencial pleno para atingir a paz duradoura e a felicidade do Nirvana. Nesta promessa encontramos a riqueza de sentimentos da espiritualidade budista. Até que cada um de nós consiga purificar e transformar as nossas partes obscuras, deterioradas e iludidas, este sol interior permanece encoberto pelas nuvens da dualidade e da ilusão. 
O Buda ensinou que tudo é efêmero e interdependente e está em processo - sujeito ao carma e ao condicionamento.
Lama Surya Das, O Despertar do Buda Interior, Rocco, 2001. 
 
 

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