domingo, 10 de fevereiro de 2019

Tragédias Brasileiras VI


E não é que ele veio aportar no Arpoador? 
Foi depois da tempestade que desabou sobre o Rio na quarta-feira a noite. Ventos de até 110km/h. São os tais dos eventos extremos. Saldo - 6 mortos.
Na madrugada de sexta-feira, incêndio no Ninho do Urubu,  nos alojamentos - verdadeiras arapucas -  dos adolescentes que sonhavam ser craques do Flamengo. Saldo - 10 mortos. Naquela madrugada, Bope e Polícia Militar invadem os morros da Coroa, Falé e Fogueteiro atrás de bandidos. Saldo - 13 mortos. Há suspeitas fortíssimas de que foi extermínio.  Wilson Abatedor Witzel, dizendo a que veio.

Com tantas e tamanhas tragédias - a maior parte podendo ser evitada -  ocorrendo em espaços de tempo cada vez mais curtos atrevo-me a dizer que essa década marca o ápice do  desvio civilizacional em que nos metemos. Construímos uma nação com eventos históricos em que na maioria das vezes os piores superaram os melhores, em que o vício venceu a virtude. O resultado é um imaginário torto que para ser endireitado vai precisar de muita arte e engenho.
Gilberto Dimmenstein derrama  seu desalento no seu blog Catraca Livre escrevendo que somos um  um povo de merda. Acho que é mais apropriado do que país de merda. De fato o país  não merece ser rebaixado a tal nível. Tenho um amigo que ao ouvir a afirmativa dizia  que para ser de merda haveria muito que melhorar. Riamos muito diante da frase de efeito mas os inúmeros infortúnios que se abateram sobre o país na década estão lhe dando a razão. Como os rios vão ter ao mar,    o imaginário torto construído no país, desaguou todas suas mazelas nessa década. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário