Dia da Mulher

Mulheres...
deram-me os maiores sofrimentos e e as maiores alegrias. Estamos a elas condenados, para o bem ou para o mal, a história de cada um é que irá determinar.

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Prá elas, Ó, Ecclesia! de Hildegard von Bingen, abadessa alemã - linguista, compositora, médica, herbalista, naturalista, cientista, filósofa, poeta, visionária e santa,viveu entre 1098/1179, na baixa Idade Média. Como se não bastasse, fundou dois monastérios.
Currículo respeitável para uma mulher que viveu na idade das trevas segundo a maior parte dos historiadores. Tenho que que admitir : Isso é que era mulher!

Hildegard von Bingen, certamente deve performar como um modelito distópico para o o imaginário tão cheio de certezas das nossas feministas raiz do século XXI que na sua maioria não vêem com bons olhos a Idade Média, muito menos freiras. Santas da Igreja Católica então....

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É incrível a que se vê e  escreve de equívocos em torno da emancipação da mulher. No seu dia isso toma proporção de pororoca. Duas pérolas de hoje :

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No portal da empresa como matéria principal desse dia colocaram uma reportagem com uma engenheira em que a manchete é:

O lugar de mulher é onde ela quiser

É um evidente despropósito. Nenhum ser humano pode se arvorar esse direito. Ou será que as mulheres - incluamos  todas as minorias nessa pretensão! - depois de tantos séculos de opressão - apud elas próprias - poderiam?

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Na Folha de hoje há uma entrevista com a pensadora francesa Olivia Gazalé que escreveu um livro Le Mythe de la Virilité - Un Piège pour les Deux Sexes em que fala de uma mutação antropológica que está ocorrendo no mundo provocada pelo feminismo, especialmente após o surgimento do #MeToo.
- Mutação antropológica ?
Menos, madame... menos! Lá pelas tantas ela se sai com essa:

Na origem, a mulher é a predadora, a demoníaca, a tentadora, e podemos remontar a Lilith, Eva, Pandora ou mesmo Helena, que provoca a Guerra de Troia.

 Sou católico, desde os mais tenros anos e Maria, a mãe de Jesus, nunca foi pintada dessa maneira. Aliás, o catolicismo é criticado por uma imagem muito idealizada de perfeição a pureza a ela associada que, inclusive, distorceria a realidade do feminino.

PS - Prá não dizer que discordo por discordar, concordo com muitas idéias dela a respeito da equivocada concepção que muitos tem de virilidade.