Oksana Sachko, ucraniana, foi-se aos 31 anos. Muito cedo! Era co-fundadora do Femen, exilou-se em Paris depois das violências sofridas em seu país mas não guentou a barra que a distância da terra natal e as demandas da cidade grande fazem para uma garotinha que nasceu e se criou no interior da Ucrânia - a julgar pelo pouco que li a respeito dela. Não conseguiu superar o peso da solidão. Solitário de carteirinha que sou, presto minha homenagem. Aliás, quem se suicida cedo na vida é porque sente a vida mais do que os outros. Longe de covardia, considero o suicídio um ato de suprema coragem.
Conheço o Femen pela imprensa que faz questão de dar importância a suas manifestações pois o mulherio todo protesta de peito de fora prá alegria dos machos do planeta e de leitores de jornal e telespectadores. Não conheço em detalhes suas bandeiras contra a discriminação da mulher e opressão masculina e nem vou discutí-las, pois certamente discordaria de muitas delas.
A segunda razão para homenageá-la e o fato de que Oksana também era pintora. A marcante influência da igreja na infância fizeram-na pintar madonas de uma forma iconoclástica. Como sou meio fissurado nas madonas que os italianos pintaram na Renascença vou mostrar um de seus quadros. Instigante! para usar um termo dos nossos mudernos.
PS - Ela é responsável por minha rendição ao Instagram.
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