Foi movido por uma frase:
eles não sabem o que fazem e continuam a fazer do mesmo modo
escrita num artigo enviado por um colega e retirada da Critica da Razão Cínica, que me decidi encará-lo. O livro estava jogado na prateleira do escritório quase como um troféu, aguardando minha leitura para depois da aposentadoria; são 550 páginas de um inglês difícil, que me obriga a recorrer frequentemente ao dicionário. É datado pois escrito na década de 80 na Alemanha, antes ainda da queda do Muro, e paradoxalmente, atual pois brota de um sentimento de desencanto diante da falência das propostas libertárias dos anos 60 e do cinismo do discurso oficial e do poder que digeriu bem aqueles libertários. Hoje há desencanto por toda a parte - a sensação de que os bandidos venceram e, pior, levaram tua amada com eles - mas os motivos são outros.
A solução proposta: o sarcasmo e o cinismo (kinicism) praticado por Diógenes não me parece ser a melhor. Eu sou um desencantado-raiz - está lá na minha apresentação do blog- e luto para não transformar desencanto em amargura, tampouco em sarcasmo ou cinismo.
Aguardemos os próximos capítulos do livro. Comentarei por aqui.
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