quinta-feira, 20 de junho de 2019

A mão invisível do atraso

... parece nos governar por largos períodos de nossa história. Esta década é um deles. O achado da expressão, inspirada provavelmente na mão invisível do mercado de Adam Smith e tão cara aos liberalismo econômico clássico, está na coluna do Elio Gaspari de ontem para a Folha, comentando a situação atual da nossa indústria. 
Com todas as consequências negativas que possam advir de uma submissão total e irrestrita ao mercado, preferia esta a ser governado pelo atraso. O Brasil escolheu o atraso porque a turma do andar de cima, num arco amplo que engloba a maior parte do que hoje autointitula-se esquerda e direita - entre outros motivos - não quer perder as boquinhas através das quais mamam do  Estado desde sempre. Didático é observar o  movimento dessa turma para desidratar a reforma da Previdência e manter os privilégios que eles - cinicamente - chamam de direitos.

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