Torço o nariz prá quem fica batendo na tecla da desigualdade prá explicar as mazelas do país. Entendo que ela sempre existirá - não com as dimensões da brasileira, é claro! - e que o problema maior é a pobreza, opinião de um Prêmio Nobel de Economia, do qual não lembro o nome. Entretanto, os dados que sairam na semana passada da PNAD contínua do IBGE de 2019 sacudiram-me no berço esplêndido de classe média média/alta em que vivo. Constato que faço parte dos míseros 1% mais abonados do país. Mais acachapante ainda é saber que 50% da população tem uma renda média per capita de até R$ 1260,00 e que a renda média dessa turma é de R$ 850,00.
O preço desse abismo de renda já está se fazendo sentir no número de mortos pela pandemia no país. Muito provavelmente ocuparemos o segundo lugar nesse triste pódio da morte, atrás apenas dos Estados Unidos.
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