PARENTE DO GENERAL
Refrescando a memória para a “nova era” do governo
Bolsonaro:
Em 1964, o general Ernesto Geisel, chefe do Gabinete Militar
de Castello Branco, encontrou-se com um sobrinho. Economista e funcionário do
Banco do Brasil, pretendia trabalhar no gabinete do ministro do Planejamento, Roberto
Campos. O general abateu-o em voo: “Não vá, porque eu vou dizer ao Roberto que
mande você embora”.
Já o marechal Castello Branco demitiu o irmão Lauro da
Diretoria de Arrecadação do Ministério da Fazenda porque ele aceitou um
automóvel de presente.
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EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e encantou-se com o capitão quando
soube que ele não preencheria cargos técnicos com indicações políticas.
Altruísta, o cretino sabia que com isso perdia o acesso a uma boquinha.
Eremildo decidiu ir a Brasília para reivindicar um emprego
na Agência de Promoção de Exportações. Alex Carreiro, escolhido por Bolsonaro
para presidi-la, não era fluente em inglês, mas dirigiu o Patriotas de
Brasília, primeiro partido a oferecer legenda ao capitão.
Ele foi patrocinado por amigos do PSL e viu-se defenestrado
por causa de um atrito com uma diretora da agência, ex-secretária-geral do
partido (expulsa em setembro passado). Mosca de padaria, ele esteve no Sebrae,
na Caixa e na Secretaria de Portos.
Eremildo lembra que durante o mandarinato petista a Apex foi
aparelhada com uma ex-secretária de Lula e com a mulher de um “aloprado” da
fábrica de dossiês contra o PSDB. A agência foi presidida pelo comissário
Alessandro Teixeira. Em 2016, Dilma Rousseff nomeou-o para o Ministério do
Turismo e sua mulher (Miss Bumbum 2012) fez um ensaio fotográfico no gabinete
do doutor.
Hélio Gaspari, O Globo, 13.01.2018
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