A Folha traz hoje uma matéria feita com a diretora do Latinobarómetro - Marta Lagos - tentando explicar a vitória do Bolsonaro. Chamou minha atenção o espanto dela - a mim não espanta mais pois constato o fato diariamente nas minhas relações pessoais - quanto ao percentual incrivelmente baixo de brasileiros que acreditam em outra pessoa.
Quando vemos o nível da confiança interpessoal, ele é de 4%.
É basicamente uma sociedade em que um não confia no outro, em que a confiança
está se voltando apenas a pequenos grupos, como os familiares. É muito perigoso
esse processo, porque destrói a possibilidade de se construir cidadania”,
afirma Lagos. E ela acrescenta: “fica-se com a sensação generalizada de
que todos devem defender-se contra todos. E se a confiança no outro vai mal,
muito pior vai a confiança em instituições e no Estado”.
Desse ser o maior valor no mundo! Pudera, com tanto trambique e trapaça na praça e na alcova também. O próprio Bolsonaro declarou nessa semana que confia full apenas no pai e na mãe. Não citou mulher, nem filhos....É preciso dizer mais! Não se constrói uma nação com esses índices. Vamos ter que mourejar muito ainda para chegarmos lá.
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