Os porões da alma
arrombam
as portas do nosso prosaico eu,
feito lava irrompendo pela encosta de um vulcão.
Selvagens,
obtusos e abjetos
vertem
cataratas incontidas de dejetos,
paixões desmesuradas,
põem a bulir
corações descuidados,
lançam vidas
em mares tormentosos
nunca dantes navegados.
Pudera eu deles fugir,
incapaz que sou para contê-los,
impotente em detê-los.
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