Todo o imbróglio envolvendo o CEO brasileiro do conglomerado Renault/Nissan, Carlos Ghosn, chamou-me atenção pois sempre dizia de mim prá mim:
- Ele era uma contra-exemplo para os pessimistas de plantão. No pântano também nascem flores!
Pois não é que ele trambicou também? Fiquei desalentado. Brasileiro não tem jeito! Eram tão poucos os bons exemplos dos quais podíamos nos orgulhar mundo afora! Pois Carlos Ghosn é mais um cedro do Líbano que cai. (com trocadilho e tudo...)
Clóvis Rossi, aborda esse escândalo no mundo da alta finança, no seu artigo de hoje para a Folha. Chamaram-me a atenção as definições de herói com que ele povoou seu texto.
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Para John O'Neil, presidente da Escola de Psicologia
Profissional da Califórnia, herói foi Nelson Mandela, não o então presidente
sul-africano, mas o prisioneiro que, nos 27 anos de cadeia, enfrentou "a
escura noite da alma" e saiu inteiro : Quem consegue satisfazer a si próprio nessas horas escuras
de encontro com a alma é o herói, ensinou O'Neil.
Herói é uma pessoa que permanece humana em uma
sociedade desumana, ensinou por sua vez Elie Wiesel, esse extraordinário
escritor, humanista, Nobel da Paz (morreu em 2016).
Herói é aquele que nunca acha que está sendo
bem-sucedido, preferiu Theodore Zeldin (Oxford, Reino Unido)
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Pois olha! a primeira e terceira definições me caem como uma luva.
Lê-las, na noite escura que atravesso, é música para meus ouvidos. Alquebrado, aos farrapos, arrastando-me pelo chão da vida, e herói...
embora, solitário!
Eles existem? Lembro de um.
John Wayne entregando Natalie Wood - linda! - para a família e sumindo na poeira da estrada no final de The Searchers dirigido por John Ford.
Quanta saudade dos westerns, onde o preto era preto e o branco era branco.
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