segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Para os mestres nas artes do coração.

Quisera ser o arco,
você a flecha.
Não será, nada será.
Não passo de traço,
personagem opaco,
irrelevância,
a desfilar pelo teu palco.

Siga seu coração!
Viva seus sonhos!
(Não são aforismos dos nossos mestres
nos caminhos meandrantes dos sentimentos?)
Pois não devo; a dor me consumiria.
É à  razão cruel e fria - logo a ela! - que recorro;
o derradeiro porto que me resta,
meu último grito de socorro.
Quanta  ironia!

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