sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Pensando assim ele vai ser hexa, hepta....

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Eu penso que você nunca é tão bom como os elogios, mas também nunca é tão ruim quanto às críticas.
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Para mim, o mais importante é que você fique feliz quando se olha no espelho porque você é honesto com você mesmo. Não adianta pretender ser alguém que não é, porque você pode enganar os outros, mas nunca a você mesmo.
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Fui educado para ser honesto, para admitir que sempre posso estar errado e para me concentrar no que estou fazendo, sem me preocupar com o que fazem os outros.

(Sebastian Vettel, o mais jovem tri-campeão de Fórmula 1)

em  Celso Iteberê, Pit Stop, O Globo, 29.11.2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Por essas e outras... não vivo em bando.

Ler isso hoje foi música prá mim. Vivo só, separado, à parte  desse mundo. Pago caro por isso!  ... mas tem lá suas vantagens. Livro-me da banalidade e mediocridade.
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Recentemente, numa conversa profissional, surgiu a questão do porquê o mundo hoje tenderia à banalidade e ao ridículo. A resposta me parece simples: porque a banalidade e o ridículo foram dados a nós seres humanos em grandes quantidades e, por isso, quando muitos de nós se juntam, a banalidade e o ridículo se impõem como paisagem da alma. O ridículo é uma das caras da democracia.
O poeta russo Joseph Brodsky no seu ensaio "Discurso Inaugural", parte da coletânea "Menos que Um" (Cia. das Letras; esgotado), diz que os maus sentimentos são os mais comuns na humanidade; por isso, quando a humanidade se reúne em bandos, a tendência é a de que os maus sentimentos nos sufoquem. Eu digo a mesma coisa da banalidade e do ridículo. A mediocridade só anda em bando.
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Luiz Filipe Pondé - Folha, 19.11.2012

domingo, 11 de novembro de 2012

Franciscanas, espartanas!

Orquídeas
são franciscanas,
minimal,
espartanas,
vivem com pouco.
Medram nas pedras.
A natureza
põe  beleza
onde lhe aprouver.

(Exemplares da Exposição da ASSON ( Associação de Orquidófilos de Niterói)








domingo, 4 de novembro de 2012

sábado, 3 de novembro de 2012

Post-mortem

Passadas as águas caudalosas da paixão;
a anodinia das estepes,
o Nirvana oriental,
a secura dos desertos,
o torpor existencial.
Não há dor,
ressentimento,
apenas a melancolia
do sonho desfeito,
a desolação
dos restos calcinados.
Há que recomeçar,
navegar é preciso.
Para o alto mar!

Vida bandida!

Volto da uma visita a minha mãe - velhinha, tem 87 anos! - convencidíssimo de que nada mais apropriado para exprimir nossa existência quanto o mito de Sísifo. Os gregos entendiam do riscado, mesmo! e Camus foi buscar nesse mito a justificativa para a revolta do homem.  Eu fui sortudo porque ao me introduzir na filosofia comecei por eles. Está tudo lá. O que veio depois foram alegorias e adereços.
Mamãe - que chamo carinhosamente de Rido -  está com imensas dificuldades para caminhar. Para não mandá-la para o asilo - me recuso terminantemente - teremos que montar um senhor esquema de suporte que vai nos levar uma grana preta. E aí entra o mito...você trabalha uma vida inteira, guarda uns caraminguás e vai vê-los todos sumirem no ralo das nossas existências em dois/três anos em tentativas para prolongá-las.
Um irmão de uma cunhada, onde minha mãe passa uma temporada no momento, está com um câncer praticamente terminal. Para ser mantido vivo, está-se torrando uma nota, que consumirá todo seu dinheiro em pouco tempó. Caso ele saia vivo, sairá inexoravelmente pobre. Ou fica com algum mas ao preço da vida.
... e nos queixamos das mazelas do dia-a-dia!