quinta-feira, 20 de julho de 2017

Uma lágrima para Liu Shaobo.

Liu Shaobo era professor visitante de Literatura na Universidade de Columbia, em Nova York, quando soube dos protestos na Praça Tiananmen em 1989. Largou tudo e foi se incorporar aos manifestantes. A foto abaixo correu o mundo - certamente é uma das grandes fotos do século XX.  Faz parte de um vídeo que mostra um manifestante até hoje desconhecido que parou uma coluna de tanques na praça. Chorei quando a ví - afinal sou geração 68. Queria ser aquele cara! 
De nada adiantou minha comoção, pois mais uma vez os poderosos venceram e massacraram o movimento. 
Iniciava-se então  o  Calvário desse professor  nas mãos do regime comunista chinês. Foi preso, depois perdeu seu emprego de professor, sua casa, passou uma temporada num campo de reeducação para o trabalho,  em seguida voltou para a prisão de onde saiu para um hospital onde morreu de câncer poucos dias atrás. Ganhou o Nobel da Paz em 2010 que nunca recebeu. Foi uma das causas para o regime colocar em prisão domiciliar sua mulher. Para ela escreveu:

Mesmo que eu seja esmigalhado até virar poeira, haverei de abraçá-la com cinzas

Dele e dos companheiros da praça Tiananmen:

Preferimos ter dez diabos que se controlam mutuamente do que um anjo que dispõe de poder absoluto.

Grandes homens são raridades nesses anos de chumbo. Fará falta!





Boa parte das informações do texto foram retiradas do artigo Um grande homem de Dorrit Harazim - O Globo, 16.07.2017.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Brasil em dois tempos...

A violência alcançou tamanha intensidade por aqui   que até o útero materno perdeu sua condição de reduto de máxima segurança para a vida. Que o diga o garoto Arthur que mesmo aguardando a sua horinha de nascer, no bem-bom da barriga da mãe foi agraciado com um tiro da bandidagem de Duque de Caxias e agora luta para não ficar paraplégico num hospital da Baixada. 

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Filas por aqui existem para serem desrespeitadas. Nem aquela prá tornozeleira eletrônica se safou. Não é que o nosso homem da mala, Rodrigo da Rocha Loures - o homem de confiança do nosso Presidente, per supuesto mais igual do que nosotros - deu um jeitinho. Furou a fila da tornozeleira - que está enorme , dada a epidemia de bandidagem por assola o país - para  se safar o mais rápido possível da cana dura.

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Rimos ou choramos?

segunda-feira, 3 de julho de 2017

O último dos mohicanos!

Até dia 17, a caneta estará na minha mão. Enquanto houver bambu, vai ter flecha. 

Rodrigo Janot - Procurador Geral da República em Congresso de Jornalismo de SP neste final de semana.

(Dia 17 é referência a 17 de setembro - data do término do mandato do Procurador Geral)

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Flecha neles, Procurador!