quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Enquanto isso a floresta arde...


Floresta incendiada em Altamira, no interior do Pará (UOL)

Tomara que todo esse bafafá sobre a floresta amazônica, chame a atenção do mundo para a sua real situação e a partir daí se tomem medidas concretas para sua preservação.
Cansado de ver as coisas darem errado por aqui, se dependesse de mim entregaria a gestão da preservação da floresta a um órgão internacional administrado por vários países em que o Brasil teria assento e voto, nada mais do que isso. Esse  órgão teria poder e força para punir os transgressores. Podem me chamar de entreguista, mau patriota - pouco me importa -  estou mais preocupado com a sobrevivência da floresta do que com soberania nacional. Entre o Brasil e o mundo, fico com o último.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

...e quando você pensa que já viu tudo, mas tudo mesmo

...vem o capitão Jajá no Twitter (provavelmente gerenciado pelo Carluxo, seu filho ogro) fazer coro com uma meme de mau gosto que circula na Internet a respeito da feiura da mulher do Macron quando comparada à beleza da sua .
Já escrevi que ele é a treva, acrescento depois dessa nova boutade: raspa do tacho.
A seguir algumas  frases que adornam seu bestialógico, dignas de um capitão de mato :
Eu não peço certas coisas. Eu mando. Por isso que sou presidente.
Ao comunicar a demissão do diretor do INPE em 4 de agosto.
Pretendo beneficiar filho meu, sim. Se eu puder dar um filé mignon pro meu filho, eu dou...
ao comentar a indicação do 03 para embaixador  do Brasil nos  EUA.

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A eleição de dois aventureiros em menos de 30 anos - Collor e Bolsonaro - lança enormes interrogações sobre o método de escolha de nossos dirigentes políticos. Com o advento da Internet associado à nossa rudimentar cultura política e institucional é preciso repensá-los com urgência. Já vimos dois impeachments nesse período, caminhamos para um novo episódio caso esse pândego não tome juízo - as indicações são de que não tomará - e eu temo pelo que nos possa ocorrer em um futuro próximo.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

A noite do meio-ambiente


Marginal do Tietê ontem às 15:55h da tarde. As nuvens escuras - além do mau tempo -  são resultado da pluma da fumaça produzida por queimadas e incêndios que ocorrem no Centro-Oeste, Paraguai e Bolívia. 
 
Foto feita por volta às 15h55, na Marginal Tiête, mostra céu escuro na tarde de São Paulo


Folha, 20.08.2019

sábado, 17 de agosto de 2019

Viu e não gostou...

Camus andou por aqui 70 anos atrás e não gostou muito do que viu. Vou pinçar apenas uma frase escrita em seu diário a respeito do país:

O Brasil, com sua fina armadura moderna colada sobre esse imenso continente fervilhante de forças naturais e primitivas, me faz pensar num edifício corroído cada vez mais de baixo para cima por traças invisíveis. Um dia o edifício desabará, e todo um pequeno povo agitado, negro, vermelho e amarelo espalhar-se-á pela superfície do continente, mascarado e munido de lanças, para a dança da vitória.
A imagem do edifício corroído cada vez mais de baixo para cima por traças invisíveis é perfeita para os dias que vivemos, com a ressalva de que as traças já não são mais tão invisíveis assim.
Andou também por Porto Alegre e dela  disse:
A luz é bela. A cidade é feia.
Não estou certo da primeira assertiva, mas concordo inteiramente com a segunda. Assim como concordo inteiramente  com :
O Barroco harmonioso... é a única coisa a ser vista nesse país e isso se vê depressa
Mais frases... leia matéria na Folha de hoje a respeito da sua visita ao país em 1949.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

As brigadas politicamente corretas permitiriam?

Baseado num artigo de Ruy Castro para a Folha, já havia postado questão semelhante no mês passado, referindo-me aos problemas que a letra de Garota de Ipanema, poderia enfrentar nos dias de hoje.
Agora é a vez do Pondé em artigo escrito para a Folha de 12.08, colocar o dedo na ferida com relação à conquista da Lua. Replicando um artigo do Los Angeles Times - uma pesquisa feita entre técnicos que trabalharam no projeto Apolo e com técnicos atuais da NASA a respeito da possibilidade de repetir o feito hoje - ele concorda com a opinião da maioria que considerou improvável que a aventura se repetisse. A cultura gerencial da época hoje seria considerada politicamente incorreta. Para erros cometidos, bodes expiatórios eram encontrados, muitas semanas eram de 60/80 horas de trabalho, havia úlceras, bebedeiras, tabagismo, famílias abandonadas, divórcios....Delegavam-se muitas responsabilidades para técnicos recém-saídos da Universidade. Posturas e atitudes que sofreriam forte resistência das brigadas politicamente corretas.
Fiel aos novos tempos, a NASA incluirá uma mulher na próxima missão prevista para 2024. Já pensou... mandar uma equipe constituída apenas por homens brancos como eram aquelas equipes iniciais do projeto Apolo? A turma politicamente correta certamente colocaria na mesa o machismo da cultura judaico-cristã que impregna o Ocidente. 

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Brazilian way of life in Vipassana

Durante os 10 dias do retiro havia um período entre 12:00 e 13:00h que podia ser usado para entrevistas com o professor assistente. No dia anterior era disponibilizada uma lista na entrada da sala de meditação e os interessados iam colocando seus nomes de acordo com sua hora de inscrição. 
Em um dos dias em que me inscrevi , o terceiro da lista riscou seu nome indicando que desistira. Logo após aparece ao lado do nome riscado, o nome do oitavo ou nono da lista, não lembro bem. Era o Jonathan tentando dar a volta naqueles nomes na frente dele. Queria subir pelo elevador.
Entretanto, se deu mal o malandro. Logo após apareceu entre parêntesis ao lado do seu nome um ponto de interrogação e uma setinha devolvendo-o a seu lugar de origem. Provavelmente uma ação do gerente do curso.
O fato fala por si e mostra que até mesmo um encontro de pessoas - em tese - interessadas em evoluir interiormente não está imune a uma ação típica do nosso brazilian way of life. Com essas práticas, fruto do nosso imaginário torto, são diminutas as possibilidades de alcançarmos níveis civilizatórios pelo menos razoáveis.


domingo, 11 de agosto de 2019

De volta... ao mundo dos vivos.

Agora sou um (aprendiz de) Jedi Vipassana.
Foram 10 dias duros, 9 deles em Nobre Silêncio, que exigem  muito.  Às vezes, dá vontade de largar tudo. Saí do Centro de Meditação alquebrado - como se tivesse levado uma surra - mas não me derrubaram. Eram 12 horas diárias de meditação.
Agora é ver como os propósitos serão mantidos com a rotina diária. A proposta é meditar uma hora pela manhã e outra à tarde. Conseguirei? O tempo dirá.