sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Renascença e Iluminismo: no passarán!

Leio por aí que é um lema de redes bolsonaristas. Nada mais consequente para  essa praga que se instalou no poder e que está instaurando uma nova idade de Trevas. Em lugar do Iluminismo, o Obscurantismo.
Duro viver num país em que se vislumbram  apenas duas saídas eleitorais: bolsonarismo ou petismo. Temo que nos transformemos em uma nova Argentina que já foi um país de classe média com padrões de vida europeus e hoje parou no tempo.

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Fazem uma pressão enorme para que vá morar em Portugal ou na Itália depois da aposentadoria, mas não abandonarei o barco, mesmo adernado e fazendo água por todos os lados. Vou para o fundo com um sentimento de culpa pois minha geração não conseguiu melhorar esse país. Pior, continuamos ainda mais tortos do que quando nascemos.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Será que a ficha caiu?

Cariocas são refratários a críticas. Eles se acham e ponto. A texto de Nelson Motta, carioca-raiz,  em o O Globo de 11.10 - A busca da cidade perdida - dá sinais de que algo possa estar mudando. Seleciono alguns parágrafos.
A economia está melhorando lentamente em todo o Brasil. Menos no Rio de Janeiro. O desemprego diminui em quase todos os estados. Mas aumenta no Rio. O crime está caindo no Brasil, mas no Rio está caindo menos. Todos sabem a razão da tragédia carioca: a corrupção, a incompetência e a ignorância de nossos governantes, a completa desmoralização da Alerj e da Câmara Municipal, do TCE e do TCM, e de um dos Judiciários mais corruptos do país. Não podia mesmo dar certo, até que a conta chegou.
 Quem ainda acreditava na eficiência do rouba mas faz entendeu a relação do apodrecimento e do aviltamento das instituições com o ambiente para desastres administrativos e a instituição de um espírito de cinismo, descrença e descompromisso entre seus agentes. A história da decadência do Rio de Janeiro é a prova.
As melhores administrações  se revelaram as mais corruptas, e as mais incompetentes deram tanto prejuízo quanto. Não há ideologia nem boas intenções que sobrevivam ao pântano moral carioca, a uma cultura permissiva, promíscua e quadrilheira que perpassa as administrações.
Virou um estilo carioca no mau sentido. O que era irreverência virou desrespeito, a graça virou grossura, a simpatia virou antagonismo, a malandragem virou crime.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Diamantes são eternos!





Abbey Road , aquele disco dos quatro atravessando a própria,  está chegando aos 50 anos no topo das paradas da Inglaterra e em 3o da Billboard americana. Here Comes the Sun é George Harrison; Come Together, Oh, Darling  é John Lennon, Octopus Garden é Ringo Starr.
Afora Oh, Darling, é um disco melódico. George Harrison deve ter dado as cartas.

domingo, 6 de outubro de 2019

Once upon a time ... in Hollywood

É  um filme do Tarantino, cineasta que não faz minha cabeça, porque um esteta da violência. Fui mesmo assim. Queria ver a Califórnia daqueles anos e aferir se o filme era uma desconstrução da ideia de paz e amor associada à  geração 68. Correspondeu às expectativas. Não  é tão  excepcional quanto alguns críticos o querem, mas de fato destaca alguns aspectos do lado negro daquela geração. Faz um retrato pouco lisonjeiro da comunidade criada por Charles Manson, responsável pelo massacre na casa de Sharon Tate em Hollywood em 1969 .
No final do filme, um banho de sangue - griffe  Tarantino! -   e também - novidade! - de fogo. Marcante é a trilha sonora com aquelas músicas flavour anos 60 que  fizeram com que voltasse  aos meus 18 anos. Sonhava-se a beça naqueles anos. Bobinhos, achávamos que mudaríamos o mundo !
Um pouco do espírito do tempo está na trilha sonora do filme;  dela selecionei algumas canções e advertisements.















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...e o que dizer da Margot Robbie - como  Sharon Tate -  de minissaia,  mostrando despudoramente aquelas  pernocas?