quinta-feira, 23 de junho de 2016

Paulo Sérgio agora vai vestir uma camisa listada e sair por aí.

Hoje - aproveitando o PIDV da companhia que irá ceifar praticamente toda a sua velha guarda até o final do ano - vai-se o Paulo Sérgio, mui leal e valeroso companheiro de lutas. Enfrentamos  muitas batalhas ombro a ombro na empresa pela atividade da Petrofísica, uma plantinha tenra comparada aos baobás que são  Geologia e Geofísica. Somos meio-irmãos, temos histórias deliciosas nas andanças que fizemos pelo país e pelo mundo sempre focados em promover e divulgar essa ilustre desconhecida  e a qualificar e dar um status condizente a  técnicos que a elas se dedicam. Mais do que isso fomos companheiros nas estrepulias que promovemos nas águas da baia com um dingue que alugávamos nos finais de semana. Quem sabe agora com sua aposentadoria, retornemos a elas. Faziam um bem imenso para a alma.
Um homem afável, discreto - um  lorde inglês na opinião de alguns. Sempre muito bem avaliado pelas mulheres, que foram responsáveis  pela pajelança organizada ontem em sua despedida. Teve entrega de placa, discurso... Ele merece, porque não era um carreirista, nunca se engalfinhou em brigas pelo poder. Sempre quis ser um simples técnico. E o foi. Competente, exemplar e dedicado, porisso um dos meus raros amigos
Será um andarilho nas trilhas dessa vida. Tomou gosto pelas caminhadas e deve ocupar boa parte do seu tempo com elas. Como sou também um andarilho, é provável que partilhemos muitos desses caminhos. 
Para tal,  preciso pendurar as minhas chuteiras e chutar o pau da barraca. Estou contando as horas para o final do ano chegar e finalmente caminhar pelo mundo, ler meus livros, ver meus filmes, cultivar minhas orquídeas, cuidar dos meus cachorros, gatos e patos. É tanta coisa prá fazer que não  sentirei saudade nem lembrarei que 38 dos meus melhores anos foram dados para essa companhia da qual me orgulhei no passado. Hoje escolho cuidadosamente as ocasiões e os interlocutores para declarar que faço parte da sua força de trabalho.

domingo, 19 de junho de 2016

Sindicato de Ladrões (II)

Apearam a quadrilha do atraso. Assumiu aquela que representa a vanguarda do atraso.
Temos uma resiliência invejável para viver a beira do precipício.

sábado, 18 de junho de 2016

A Queda

Chegamos ao nível de calamidade pública. A decretação, mesmo tendo sido um estratagema para garantir os caraminguás necessários para salvar as aparências até que a Olimpíada passe, é um atestado da múltipla falência de instituições como saúde, educação, segurança e mesmo ética,  muito mais do que econômica desse estado e sua capital que provavelmente terá  o mesmo destino após os Jogos. Estes, nunca deveriam ter sido aqui realizados. A cidade não tem condições para organizar um evento de dessa magnitude. Uma das cenas inesquecíveis que guardo da cidade e sua gente,  foi em um domingo que precederia  uma pré-seleção das cidades para a ainda Olimpíada de Londres. O Rio era candidato  e programou-se uma manifestação na praia de Copacabana com todo mundo   vestido de branco para atrair os bons fluidos e obter a desejada indicação. Soltaram-se muitos balões. Eu assistí a toda aquela pajelança e me perguntava se aquilo iria ajudar de alguma maneira na escolha. É assim que trabalha o imaginário do carioca. Pensa que um pôr de sol no Arpoador, uma noitada na Lapa, uma caipirinha (Mariliz Pereira Jorge, Folha, 18.06) podem justificar uma escolha.  Pensar numa estrutura viária funcional, em segurança que nos permita ir e vir a qualquer hora e em qualquer lugar, acomodação de qualidade, é encarado como acessório. Não é. É prioridade. Para alcançá-las,  é necessário organização, trabalho duro e dinheiro,  artigos escassos aqui. Já as pajelanças... Mas voltando a Copacabana ... O Rio acabou desclassificado juntamente com Havana, logo na primeira seleção. Para a Olimpíada seguinte, ele seria o escolhido. Até no COI há mais coisas entre o céu e a terra que os simples aviões de carreira.
Apesar da estranheza com a decisão, dei meu voto de confiança para a cidade e torcia pelo sucesso do evento, pois muito dinheiro seria carreado para obras no estado. Seria a chance derradeira de recuperar a cidade da decadência, já que atualmente nos restam apenas as belezas naturais. Infelizmente, eu estava errado. Saúde e educação estão em frangalhos, defeitos graves são constatados em obras para os Jogos; vivemos uma pré-guerra civil. Nessa semana em um único dia,  5 policiais foram baleados em diferentes lugares da cidade. É elevadíssimo o número de pessoas atingidas por balas perdidas nos tiroteios  que ocorrem quase que diariamente. Todos tememos o pós-Olimpíadas. Dom Orani Tempesta, o nosso cardeal, declarou a poucos dias,  depois de ter que se abrigar de um tiroteio no Morro de Santa Teresa  a caminho do aeroporto: Somos uma sociedade doente. Ele já foi assaltado duas vezes no último ano.
Vivo aqui há mais de 20 anos e desde sempre causam-me estranheza, alguns hábitos/costumes observados no quotidiano do carioca como o pouco apreço por algumas requisitos essenciais para qualquer sociedade como pontualidade, respeito às leis do trânsito e de urbanidade, a compulsão pelo atalho/esperteza. O trabalho não é encarado como uma maneira de construir/transformar o mundo e a sociedade mas como um fardo  penoso que deve ser carregado por cinco dos sete dias da semana. - O pior dia da semana é o domingo porque véspera de segunda  é um dito comum entre seus habitantes. O cenário se torna mais sombrio pelo fato da maior parte dos  cariocas ser totalmente refratário a críticas, especialmente quando vindas de  não nativos.O mito da Cidade Maravilhosa ainda é muito presente.
O resultado aí está: calamidade pública às vésperas da Olimpíada. Que os deuses se apiedem de nós.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Linda!

 

Bach Arias - Itzhak Perlman - Kathleen Battle - 01 Vergnügen und Lust

La douceur da la vie.

domingo, 12 de junho de 2016

Olha "nóis" aqui!





 A foto é da Folha de 09.06., e mostra a chegada à delegacia para prestar depoimento, de dois suspeitos de participarem do famoso estupro coletivo da adolescente carioca no dia 21 de maio. Eu tinha visto essa cena em vídeo e fiquei intrigado/chocado com a postura e o gestual da figurinha do meio - Raí é seu nome. Lépido e fagueiro, não escondia sua felicidade por estar sendo fotografado e filmado. Ele inclusive parece que se preparou para a cena pois deve estar vestindo suas melhores roupas. Fico tentando encontrar explicações para que alguém assuma  esse tipo de atitude, sabendo-se suspeito de ter praticado estupro, e de ser o dono do celular que suspeita-se tenha sido o aparelho que filmou e postou na Internet - outro crime ignóbil - as cenas  do crime. Talvez ele estivesse pensando nos seus 5 minutos de fama... Namorada e mãe dizem na  reportagem ilustrada pela foto, que ele é um moleque bobo que vive zoando. Se é  isso mesmo,então  estamos seriamente doentes.
Conversava com amigos  há poucos dias dos baixos padrões éticos que caracterizam  a cena atual. Foi consenso que o mundo evoluiu muito tecnicamente nos recentes 100 anos, mas involuiu eticamente e nos costumes. E olha, que tivemos no século passado os maiores morticinios coletivos da humanidade causados por guerras e genocídios. Stalin, Hitler, Pol Pot, Mao-Tse Tung, fascismo/nazismo e comunismo. O mal naqueles tempos era mais marcado; mais confinado no tempo e no espaço. Era elitista. Hoje democratizou: está capilarizado e permeia todas as tribos: ricos e pobres, de direita ou esquerda, conservadores e mudernos. O uso cafajeste da Internet, como o foi nesse episódio, é uma prova disso. A corrupção que carcome nossa sociedade de alto a baixo e da qual a classe política é apenas a ferida exposta  é outra clarividência,  Hoje a maldade está ao alcance da mão; considerada, por muita gente boa, uma ferramenta útil na hora do aperto (sic); um requisito que não deve faltar ao sujeito bem-resolvido segundo nossos especialistas em comportamento. Diria que, atualmente, ela tem o seu charme. Hoje hitlers e stalins estão ao alcance da mão. Você pode ter um ao seu lado. Aquela mocinha de rosto angelical, pode transformar-se em uma Medéia muderna num abrir e fechar de olhos. Contrarie-a e verás..
Somos relapsos eticamente desde sempre e lenientes com a transgressão. Não existe  pecado ao sul do Equador já escreveu Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil.

terça-feira, 7 de junho de 2016

O espírito de uma época (II)

Cassius Clay/Mohammad Ali, em 20 frases que ajudam um pouco  a entender sua personalidade. Vieram  por email.


1.Cassius Clay é o nome de um escravo. Não foi escolhido por mim. Eu não o queria. Eu sou Muhammad Ali, um homem livre”.

2. “Somente um homem que sabe o que sente ao ser derrotado pode ir até o fundo de sua alma e tirar dali aquilo que lhe resta de energia para vencer um combate equilibrado”.

3. “Odiei cada minuto de treinamento, mas não parava de repetir a mim mesmo: ‘não desista, sofra agora para viver o resto de sua vida como campeão’”.

4. “Sei aonde vou e sei o que é a verdade. E não tem por que ser o que você quer que seja. Sou livre para ser aquilo que quero ser”.

5. “Impossível é apenas uma palavra usada pelos fracos que acham mais fácil viver no mundo que lhes foi determinado do que explorar o poder que possuem para muda-lo. O impossível não é um fato consumado. É uma opinião. Impossível não é uma afirmação. É um desafio. O impossível é algo potencial. O impossível é algo temporário. Nada é impossível”.

6. “Sou o maior. Disse isso a mim mesmo inclusive antes de saber que o era”.

7. “Não vou percorrer 10.000 quilômetros para ajudar a assassinar um país pobre simplesmente para dar continuidade à dominação dos brancos sobre os escravos negros”.

8. “Quando criança, eu pedia ao meu irmão Rudy que jogasse pedras sobre mim. Era assim que eu aprendia a fazer meus movimentos, esquivando-me de pedradas”.

9. “No golfe eu também sou o melhor. O único problema é nunca joguei golfe”.

10. “Um homem que enxerga o mundo aos 50 anos da mesma forma que aos 20 perdeu 30 anos de vida”.

11. “Não divido o mundo entre os homens modestos e os arrogantes. Divido o mundo entre os homens que mentem e os que dizem a verdade”.

12. “Não suporto ver sangue. Em muitas das minhas lutas, eu tinha de olhar para o lado”.

13. “O silêncio vale ouro quando não se consegue achar uma boa resposta”.

14. “É apenas um trabalho. O mato cresce, os pássaros voam, as ondas acariciam a areia... Eu me bato em um ringue”.

15. “Não conte os dias: faça com que os dias contem”.

16. “Quando você tem razão, ninguém se lembra disso; quando está errado, ninguém esquece”.

17. “Outro dia fui ao cinema ver um filme de terror. Ele se chama Baron Blood. Comparado com isso, ter ganho de Foreman foi apenas mais um dia na academia”.

18. “O boxe é um monte de brancos vendo como um negro vence outro negro”.

19. “Servir aos outros é como o aluguel que se tem de pagar por uma casa na Terra”.

20. “Eu fui o Elvis do boxe, o Tarzan do box, o Super-Homem do boxe, o Drácula do boxe. O grande mito do boxe”

domingo, 5 de junho de 2016

O espírito de uma época

Muhammad Ali and The Beatles c.1964:

Muhammad Ali/Cassius Clay + Beatles = Ícones dos anos 60. (Pinterest)

Ele era falastrão, debochado e "se achava" (sic). Mas "se garantia". Ganhou 56 das 61 lutas que disputou.
Encarnou o espírito dos anos 60 - nem tão rebeldes assim - como poucos. Assumiu a luta pelos direitos civís dos negros, recusou-se a ir ao Vietnam e pagou caro.  Não apenas falou mas fez.  
Gostei mais da fase Cassius Clay até a metade dos anos 60. Como Muhammad Ali, a meu ver, andou assumindo algumas posições sectárias. Há frases suas,  bem polêmicas a respeito de segregacionismo. Suas declarações mais recentes, entretanto, indicam que se aproximou de posições mais conciliadoras.
Foi um garoto rebelde dos anos 60 que assumiu e pagou caro por sua rebeldia. Não aderiu ao sistema, o que aconteceu com a maioria dos que se assumiam como tal naqueles anos. Acabaram miseravelmente aderindo ao status quo.

sábado, 4 de junho de 2016

Medida de todas as coisas.

O episódio do estupro coletivo dessa adolescente está sendo conduzido com um viés feminista que domina nossa mídia e nossos mudernos bem-pensantes sem que nada, nem ninguém lhes faça contraponto. Eu vou tomar coragem para isso, mas provavelmente serei acusado de porco machista pelas nossas combativas feministas.
Os detalhes da história que pouco a pouco vem a público deixam muito claro que não se trata de um caso de uma freirinha apanhada a força por um bando de marginais, quando caminhava por uma rua deserta da cidade. A  moça de 16 anos tem uma ficha corrida invejável para alguém da sua idade (talvez nem tanto para os nossos tempos); era mulher que frequentava assiduamente a cama de traficantes e não-traficantes. Teria dito na noite do episódio,  que iria transar  com 10.  Associem a imagem que faziam dessa moça, o grupo que ela frequentava,  o ambiente - dizem que um baile funk - em que a notícia rolou e você vai ter claras indicações do que seria  uma tragédia anunciada, O que, provavelmente, começou com sexo consentido terminou num estupro. É odiento? É... É uma violência? É...Os culpados devem ir prá cadeia? Devem. Particularmente, penso que deveriam apodrecer na cadeia. Só não consigo entender porque consideram a moça uma mera vítima do episódio. Esse discurso de vitimização é recorrente em alguns grupos que se auto-rotulam como vanguarda, e que eu chamo de mudernos.
Ouví a entrevista, acho que da representante dos direitos das mulheres da OAB carioca, dizendo, que uma mulher pode fazer sexo com quantos quiser, mas quando disser basta, acabou. Simples assim. Em tese, eu concordo. Só queria pontuar, entretanto, que, a julgar,  pela situação  que se criou,  nem eram robôs os atores,  nem o cenário era um laboratório anódino em que todas as condições do experimento são controladas. Tratava-se de seres humanos em uma situação extrema, sob a ação das mais incontroláveis pulsões: vida (sexo) e morte (violência). Caminhos tortuosos compõem a cartografia dessas pulsões que desembestadas poderiam ter levado a um final ainda pior. Com elas jamais se brinca.
O discurso sugere que é possível para um ser humano ser a medida de todas as coisas. Esse é um velho sofisma disparado por Protágoras, talvez o sofista-mor. Vai nessa linha o slogan de que a mulher é dona do seu corpo. Péra aí...Explica melhor... Ainda mais uma mulher que pode levar outras vidas dentro dela.
Li faz tempo na Folha, um texto de uma representante desse pensamento muderno, onde ela se queixava de que queria sair - vamos dizer assim - vestida prá matar, mas que no caminho iria  encontrar alguns engraçadinhos que iriam importuná-la. Ela odiava aquilo. (Provavelmente adoraria se viesse de alguém que lhe agradasse). Dois são os equívocos nessa atitude: não é o fato que interessa, é quem provoca o fato e de que não há como ignorar os condicionamentos e o imponderável em todas as  ações que tomamos.  Desde sempre existiram e para sempre existirão. Sair vestida prá matar e não querer ouvir nenhuma piadinha ou chiste é coisa prá nefelibatas ou prá quem não entende nada de natureza humana. O ser humano é ele próprio e as suas circunstâncias (Ortega Y Gasset) .A cronista tem todo o direito de sair do jeito que quiser, mas deve estar consciente de que controlar o desenrolar dos acontecimentos extrapola sua competência.
Para trabalhar no Fundão, eu utilizo rotineiramente a Linha Vermelha e raramente a  Av. Brasil (os trajetos menos perigosos). Posso também usar um caminho alternativo pela Favela da Maré. Não sairei vivo para contar a história. Eu posso reclamar do meu direito de ir e vir, da violência que domina a cidade, mas prá continuar vivo, por lá eu não devo passar. São as circunstâncias e o fato de que  não sou a medida das coisas que determinam  minha opção pela Linha Vermelha.
Todas nossas escolhas embutem  riscos ou renúncias. Vá, entretanto,  falar em renúncia para uma geração criada hedonisticamente e orientada a satisfazer todos os seus  desejos... Os mudernos de plantão irão te qualificar de careta, repressor, conservador..... e por aí vai. No uso de jargão eles são ótimos.

Um país para poucos.

Todo essa celeuma em torno da extinção/restauração do Ministério da Cultura revela alguns componentes que fazem nosso país ser o que é. Primeiro porque não é necessariamente a  existência de uma autarquia com o status de ministério que vai garantir maior/menor  atenção para essa indigitada senhora. Aliás, pelo que andei lendo,  raros são os países que contam com ele. A Cultura fica normalmente embutida no ministério da Educação ou das Comunicações.
Existe, entretanto, debaixo desse guarda-chuva uma minoria barulhenta que viu na extinção do ministério, uma ameaça à Cultura. Na realidade, a ameaça é contra os interesses dessas corporações que usam o argumento da  Cultura como biombo. O povo brasileiro, os pobres e despossuídos, frequentemente, são utilizados de maneira semelhante.
Mas, vamos ao que interessa. A polêmica trouxe para a berlinda a Lei Rouanet e o uso distorcido que dela se faz. Ela é ótima se usada para carrear recursos para a restauração do nosso abandonado patrimônio histórico - museus, igrejas, prédios públicos -  ou manifestações culturais marginalizadas ou com pouco apoio/visibilidade na midia. Quem dela usa e abusa, entretanto, de acordo com informações do quasi-extinto  Ministério são os figurões da nossa música popular e teatro. Até o Rock in Rio dela se beneficiou. Um dos favorecidos - conhecido diretor de teatro - escreveu em artigo publicado em O Globo, que aquele dinheiro era das empresas, não do Governo. Ou ele é mal informado, ou bem... deixa prá lá... pois esse dinheiro é imposto que ao invés de ser carreado para saúde e educação, financia, nesse exemplo,  uma peça teatral para um público composto na sua grande maioria, pela  classe média alta da Zona Sul carioca.
É comum assistir a essas pessoas dando entrevistas, publicando artigos em jornais e revistas denunciando um Brasil injusto, dominado que é, por uma casta financeira e política. E a casta cultural, que também faz parte dessa entourage? Ou esqueceram de olhar pro próprio umbigo, ou, vai ver, não enxergam mesmo