domingo, 25 de junho de 2023

Aos lobistas da indústria do petróleo.

Convivo com muitos deles, colegas de profissão que insistem que o aquecimento global não é obra da ação do homem. E não faltam argumentos, científicos inclusive. É até comovente, vê-los se alterarem inclusive,  na defesa de suas teses e mais... tentam  desqualificar as energias alternativas, salientando seus aspectos negativos. Não tenho dúvidas, - salvo honrosas exceções!  - de que estão defendendo seu emprego, o dim-dim no seu bolso. Se eu disser isso, compro uma briga na hora. Haja paciência...

Hoje o mundo gasta 7% do PIB mundial com subsídios para combustíveis fósseis e esse valor  representa mais do que o gasto com educação.

foi o que disse o economista Marcelo Medeiros, professor da Universidade de Columbia, NY,  em entrevista ao jornalista José Roberto de Toledo  para o UOL. Ele faz um alerta para os 50% mais ricos da população mundial que consomem 90% dos recursos do planeta:

- Se não forem tomadas medidas urgentes, a farra vai acabar em tragédia. 

Vale a pena ler.



sábado, 24 de junho de 2023

Ancestralidade

Taí mais uma palavra da moda que me dá erisipela, brontoeja .... 

Comida, moda, saber, tudo o mais... se remeter a  ancestralidade - negra, dos povos originários - é o que há. Exclua a ancestralidade branca. É perniciosa porque colonizadora. Coisa de gente conservadora. 

O artigo de Flavia de Oliveira para o Globo é um primor desse tipo de enfoque; atribue ao conhecimento ancestral a comovente história das crianças colombianas terem se mantido vivas por 40 dias na floresta amazônica até serem  resgatadas  por militares. E ainda sobraram farpas para os outros saberes...

Pelo andar da carruagem, - branquelo que sou! - terei que arrumar as malas e voltar para a Europa, antes que me enxotem daqui.

Diversidade é isso aí

LBGTQIAPN+

...e a sigla não para de crescer. Tomei conhecimento dela quando estava estacionada em LBGT. Em poucos anos, outras cinco letrinhas foram acrescentadas. Como desconheço a maioria delas, busquei no Google - onde mais?as respostas. Encontrei um glossário publicado em uma matéria da Natura, que tomou a iniciativa pois  está interessada  em representar a todes.  O que não se faz por dinheiro...

Mate a charada. Quem é quem?

(Foto publicada na matéria)


Ladeira abaixo...

Sou do tempo em que os Cadernos de Cultura nos jornais,  publicavam informações sobre artes em geral , música, literatura, e - vá lá... - entretenimento. O que dizer da chamada abaixo que estava no rodapé de um artigo da edição digital de O Globo?

Pensando bem... faz sentido. Fofoca não deixa de ser entretenimento e - porque não? - cultura. Não é prá embrulhar o estômago?



quarta-feira, 21 de junho de 2023

10 anos das jornadas de junho de 2013

Não participei. Vivia a ressaca de uma desilusão amorosa; a penúltima... Queria distância de tudo e de todos. Presenciei in loco apenas  a largada de uma manifestação na frente da estação de metrô Cardeal Arcoverde, aqui pertinho de casa. Na linha de frente, muitos jovens e... advogados. Tinham a função preventiva de denunciar violência policial, caso ocorressem enfrentamentos. Lembro também do rosto visivelmente transtornado de uma apresentadora da Globo News ou Jornal Nacional noticiando a situação no país. Eram muitas cidades em ebulição, várias delas com protestos violentos. 

Hoje sinto que perdi um dos grandes momentos de nossa história no século XXI.

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De acordo com Marcia Pellegrino em artigo para a Folha, foi a maior onda de contestações sociais e manifestações políticas da história brasileira. Na minha opinião, o ponto de inflexão nos rumos da Nova República que soçobrou definitivamente com o governo Bolsonaro. De um protesto inicial contra o aumento das passagens de ônibus o movimento cresceu exponencialmente agregando interesses difusos - condições de transporte, da saúde pública, Copa do Mundo, ... - contra a política e políticos que não entregavam o que prometiam. Foram os primeiros grandes protestos do país desde o golpe de 64 não liderados pelos canais institucionais e nem pela esquerda - aqueles bandeirões vermelhos comuns das suas passeatas não deram o ar da graça. Aliás representantes de todos os partidos e sindicatos eram escorraçados pelos manifestantes. O povo  saiu às ruas mobilizado via Internet e redes sociais. Foi também a pedra de toque para o surgimento de novas formas de associação como os coletivos, entidades à margem dos canais institucionais. A  direita  aproveitou-se bem dos  dois fatos; um exemplo é a importância que ganharam movimentos como o MBL, Vem Prá Rua...

 A esquerda que havia tomado as ruas desde o golpe de 64, perdeu protagonismo e a direita perdeu a vergonha. Voltou para as ruas e deu no que deu... Bolsonaro foi eleito em 2018 e vivemos 4 anos debaixo da ameaça de um golpe.

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Passados 10 anos... afora o protagonismo assumido pela extrema-direita com a ascensão do bolsonarismo, não há mudanças significativas nas práticas políticas de Executivo e Legislativo. A elas somam-se as decisões erráticas do Judiciário, muitas delas claramente condicionadas pela conjuntura. O descrédito nas instituições é generalizado, e mais... há um desalento imenso  com a impunidade que voltou a imperar após a LavaJato ter sido destroçada por erros próprios e imensas pressões vindas de todo o estamento dos poderosos que dirigem o país,  ameaçados com seu crescimento.  Basta ver o que aconteceu em Brasilia na semana que passou com a aprovação da lei Dani Cunha que beira o deboche. Ela é filha do Eduardo, que estava lá - sim...aquele mesmo que circula  leve, livre e solto por aí...Com a lei, pretende-se  tipificar os crimes de discriminação contra  pessoas políticas expostas - o que é isso, meu Deus?  extendendo-a a familiares, estreitos colaboradores e a pessoas jurídicas de que participe o (des)afortunado. Além de descriminalizar os políticos, agora querem criminalizar quem deles suspeita.

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Brasilia continua vivendo  em uma bolha, o país em outra. O impasse continua.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Biscoito fino!

Kind of Blue, além de ser o disco mais vendido de jazz da história, é considerado um top ten  do gênero em todos os tempos, de acordo com 10 entre 10 críticos do assunto.  Não é a qualquer hora que você reune Miles Davis (trumpete), John Coltrane (sax tenor), Julian Cannobal Adderley (sax alto), Bill Evans (piano) - não é ele quem está no video! -, Paul Desmond (baixo), Jimmy Cobb (bateria). 
Prá começar o vídeo oficial de So What - observe o ar blasé dos caras, Miles fumando... - depois o audio de Flamenco Sketches. Reza a lenda que os músicos foram convocados para a gravação sem saber exatamente o que fazer; havia apenas rascunhos de escalas e linhas melódicas para improvisar.  O álbum foi gravado em duas sessões apenas.
Só para maiores de 18 anos!


 

sábado, 17 de junho de 2023

O homem só

 

Pensando nas misteriosas influências que nos fazem ser o que somos, da loteria do DNA à escolha dos caminhos, dos afetos e dos empregos, passando pelos vizinhos, namoradas, família, heróis da infância e da vida adulta, azares e acasos, olho para trás tentando localizar alguns pontos de impacto –os instantes realmente marcantes que parecem mudar o nosso rumo. É uma tarefa impossível, porque somos parte interessada demais. Mas, afinal, somos mesmo feitos de tarefas impossíveis, e aí é que está a graça.

A primeira sensação é a de que fui feito de leituras, o que é obviamente uma mentira, se fosse para dar um peso moral a este primeiro erro de avaliação. A leitura é uma duplicação de um confuso mundo pré-existente, o qual, quando se lê e se escreve, tenta-se retificar e ratificar –chegamos à palavra escrita já cheios de vontades e escolhas, mais como um engenheiro curioso numa quadra de entulhos do que como uma vítima ingênua na escuridão.

O momento histórico é especialmente importante, a barulhada em torno, e isso independe de nós. E a idade pesa –gostamos tanto de ordenação que nos imaginamos formatados em décadas, pessoas de proveta, um ser diferente por decanato. Não se reage do mesmo modo em tempos diferentes (embora muitas pessoas se jactem de ser sempre as mesmas, como quem faz praça da própria estátua). E há, ainda, a insídia da emoção, que nos cega e justifica.

"É cousa demais", como se dizia antigamente. Baixando a bola, fiquemos nas leituras. Como um bom sessentão, tive formação iluminista, o otimismo pós-Segunda Guerra. Tudo pode ser racionalizado, a inteligência é o valor supremo, a clareza e a nitidez são entidades éticas e o mundo só anda para a frente.

Uma mistura de Sherlock Holmes, o herói de Conan Doyle –os sinais do crime estão à vista, basta cabeça fria para revelá-los–, e de Júlio Verne, com a boa crença na ciência e a desconfiança do mal, que existe e deve ser combatido; e os finais são felizes. Cresci na atmosfera laica de um mundo que, enquanto arrastava seu passado sinistro e glorioso, tentava inventar um novo futuro, o que realmente aconteceu, na fratura geral dos anos 1960.

Cria daquele tempo, exatamente ali me reconheço. Como diz a célebre citação de William Faulkner (1897-1962), o passado não está morto; aliás, nem mesmo é passado. Como um louco circular, retorno sempre àquele ponto cego, atrás de uma chave-mestra.

Porque havia duas, incompatíveis: "Cem Anos de Solidão", a "Ilíada" da América Latina inventada por Gabriel García Márquez (1927-2014), nos dizia que a história era um ser vivo, fatal e inexorável como os deuses gregos, e que homens, árvores, nuvens e borboletas giram sob leis poéticas e transcendentes inacessíveis ao gesto humano, e é nesta entrega ao tempo que reside a surda beleza que nos cabe.

A outra chave surgiu inteira deslocada e contraditória, e no entanto me pegou, no instante exato, as variáveis todas conjuminadas num belo e irresistível eclipse total: adolescente, anos 1960, contra os grilhões da família e a hipocrisia da sociedade, e sob influência de um guru barbudo, W. Rio Apa (1925-2016), que, num projeto mais emocional que intelectual, passou boa parte da vida tentando conciliar Nietzsche com Rousseau (o que, pensando bem, é um retrato do presente), mais a sombra do teatro como o caminho possível da libertação pessoal –e eis que me caem nas mãos as peças do norueguês Henrik Ibsen (1828-1906).

Ibsen é um monstro que inventou a dramaturgia moderna. Dos confins da Noruega, criou uma obra que empalideceu automaticamente todo o teatro que se fazia no século 19. Para mim, uma peça foi especial: "Um Inimigo do Povo". Resumindo: um homem descobre que as águas da cidade estão poluídas, mas a cidade depende comercialmente delas para sobreviver.

Na luta por denunciar o crime, acaba ficando contra todos. Ele resiste, e uma frase me bateu na cabeça: o homem mais forte é o homem mais só. Naquele momento, isso era tudo que eu queria ouvir. Até hoje gosto de acreditar que ela me livrou, com um toque quase aristocrático, do rebanho. O que é engraçado para alguém que, como eu, vê numa roda de amigos bebendo cerveja uma das faces mais concretas da felicidade.

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Bem que o texto poderia ser meu. Sinto-me representado por ele, além de tantas vivências comuns, afinal somos baby-boomers. O diabo é que não escrevo tão bem como Cristóvão Tezza. Tomei a liberdade de transcrevê-lo integralmente, pois há muito de mim naquilo que escreveu.

O homem só foi publicado na Folha de 13.08.2017.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Lapidar


Ele tem 2,11m de altura, 2,21m de envergadura, pesa 129kg. Foi eleito o MVP das duas temporadas passadas da NBA, e nesta, apenas dos play-offs. Liderou nos play-offs  o total de pontos (600), rebotes (269) e assistências (186); ninguém tinha conseguido esse feito até ele. No entanto foi apenas a 41a escolha no draft de 2014. Quem iria se interessar por aquele grandão gordo e desajeitado? Quase 10 anos depois, liderou o azarão Denver Nuggets na conquista do seu primeiro campeonato na atual forma de disputa do torneio. 

O sérvio Nikola Jokic, é um fora de série dentro (os números citados anteriormente falam por si) e fora das quadras (foge dos standards comportamentais dos ídolos da NBA; é discreto - elusive como dizem os anglo-saxões.  Entre as muitas e boas que marcam sua trajetória...perdeu o troféu de MVP dos play-offs nas comemorações do título!). 

Após a conquista do campeonato, ao comentar sua trajetória na Liga, fez um declaração de tamanha lucidez - uma lição de vida! -  que todo adolescente que nela se inicia deveria conhecer:   

Cheguei com 20 anos. Se você quer ser um sucesso, precisa de alguns anos. Precisa ser ruim. Depois, precisa ser bom. Aí, quando é bom, você precisa fracassar. Quando fracassar, você vai entender o que é necessário. Há passos que precisam ser dados, sem atalhos. É uma jornada, e estou feliz por fazer parte dessa jornada

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Deixei de acompanhar  basquete após a era Michael Jordan. Antes tinha visto  Magic Johnson, Isaiah Thomas, depois  um pouco de Kobe Bryant e de Allen Iverson (falo dos que mais me impressionaram). Foi então que resolvi parar. Assisti a raras partidas, à exceção dos jogos nas Olimpíadas. Praticamente desconheço Lebron James ou Stephen Curry, os destaques atuais.

As razões que me levaram a assistir à final destes playoffs?  Talvez porque quisesse ver o Denver Nuggets, uma equipe inexpressiva nos tempos em que eu acompanhava o basquete. A partida foi ruinzinha, - o pessoal que narrou e comentou disse que foi a pior da série. E lá estava Jokic,  um trator... Ninguém consegue pará-lo, abre caminho com sua envergadura; mesmo cercado sai-se bem porque passa muito bem. Confesso que não sou fã do estilo de basquete desses pivosões - tipo  Shaquille O'Neal -  mas a trajetória pessoal e o comportamento fora das quadras de Jokic estão me motivando a  voltar a ver basquete.  

segunda-feira, 12 de junho de 2023

No dia dos Namorados

Cheek to cheek 

... sem paixão mas com toda a classe de Fred Astaire, aqui só cantando em gravação de 1962. Vai bem com um champã, ou vá lá, um bom espumante brasileiro e - per supuesto! - com seu amor do presente. Que seja eterno enquanto dure, como diria o poetinha.

(para retornar para o blog, basta clicar no botão com a seta para a esquerda no canto esquerdo da página do YouTube)

Astrud Gilberto

Por aqui não fez verão, mas lá fora o single The Girl from Ipanema  em junho de 1964 passeou pelas top ten da Billboard americana disputando posição com A Hard Day's Night dos Beatles. O álbum concorreu a  quatro Grammy's e ganhou dois; melhor gravação com The girl...  e melhor álbum: o legendário Getz/Gilberto (1964).

Astrud ganhou 120 dólares por sua participação no disco - valor de uma diária de gravação - e nenhum crédito na versão inicial do LP, onde também empresta a voz para Corcovado.

Garota de Ipanema é a segunda música mais ouvida no mundo, muito provavelmente devido a essa gravação.

A baiana, filha de pai inglês, morava na Filadélfia onde morreu aos 83 anos no dia 6. No Brasil passou desapercebida, tendo sido  vaiada em sua única apresentação de verdade realizada no país em 1966,  de acordo com Ruy Castro.


Versão do LP Getz/Gilberto (1964); na versão do  single (5o lugar na Billboard) a parte em português cantada por João Gilberto foi retirada




sexta-feira, 9 de junho de 2023

Em Pindorama, o jogo é viciado,

 ... as cartas estão marcadas,  até a droga é malhada, e pior ... a Justiça não é cega!

Costuma-se representar a Justiça com a estátua da deusa grega Têmis, de olhos vendados, segurando em uma das mãos uma balança com os dois pratos em equilíbrio. Decisões de tribunais no país de há muito desmoralizam esses símbolos a ela atríbuidos. A deusa grega por aqui não tem os olhos vendados, - como a original, aliás! -  nem sua balança apresenta os pratos nivelados.  Vejamos duas decisões tomadas pelos nossos tribunais superiores em casos julgados por estes dias.

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A 1a Turma do STF, em decisão unânime, arquivou uma denúncia de corrupção passiva contra o todo poderoso presidente da Câmara Arthur Lira apresentada ao tribunal em 2019 pela PGR. Lira  teria recebido R$ 106,4 mil em propinas do presidente da CBTU, que seriam repassados por um assessor parlamentar, caso não tivesse sido apanhado com o dinheiro ao tentar embarcar em Congonhas para Brasília. Detalhe:  havia ficado em S. Paulo apenas duas horas e a viagem foi paga com o cartão do deputado. Lira recorreu da decisão, mas a 1a Turma (5 votos) já tinha negado o recurso com os votos de 3 ministros (Marco Aurélio Mello, Alexandre de Morais e Luis Roberto Barroso) quando Dias Toffoli pediu vistas.

Pois bem, dias atrás, após a desdenúncia da PGR - recuou da acusação e pediu seu arquivamento - o ministro Toffoli devolve o processo para julgamento e vejam o que aconteceu. Dois ministros (Morais e Barroso) mudaram seu voto, alegando que o recuo da PGR tinha esvaziado a denúncia. André Mendonça, substituto de Marco Aurélio Mello,  com a justificativa de que fatos novos haviam surgido, refez o voto do antecessor. E para espanto até dos alquimistas, Lira que tivera seu recurso negado (3x0) no julgamento interrompido, agora vê ele ser aceito por unanimidade  - demais ministros votaram com o relator - com a alegação de que a denúncia fora baseada apenas em delações, mesmo com os agravantes associados ao objeto da denúncia citados anteriormente.

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O TSE cassou também por unanimidade o registro da candidatura para deputado federal do controverso procurador da LavaJato, Deltan Dallagnol. Acolheu recurso do Partido da Mobilização Nacional (PMN) que alegou que a exoneração do Ministério Público pedida pelo procurador, deveu-se à seu  receio de que todas as reclamações disciplinares e providências contra ele se tornassem em processos administrativos disciplinares (PAD's) e ele fosse demitidos. Provavelmente a razão era essa mesmo, mas a Constituição no seu artigo 5o, inciso LVII, afirma a tal de presunção de inocência - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Ao invés disso, o tribunal assumiu a presunção de culpa do acusado. E mais... utilizou como argumento  o artigo da Lei da Ficha Limpa que proibe candidaturas de magistrados e membros do Ministério Público que tenham pedido exoneração ou aposentaria na pendências dos tais PAD´s. Não havia nenhum PAD contra Deltan à época das eleições; apenas reclamações disciplinares. 

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Enfim, existem as leis e também  as interpretações da lei, muitas delas verdadeiras matadas no peito parafraseando o ministro Luis Fux que teria usado a expressão  em reunião com o então deputado Luiz Paulo do PT quando era candidato à vaga no Supremo. Pois é, muitos de nossos magistrados primeiro matam no peito para depois chutarem a Constituição.

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... e os advogados defendem a tese de que Direito é uma Ciência. Certamente, não aquela que eu praticava como pesquisador nos meus últimos anos de trabalho.


segunda-feira, 5 de junho de 2023

Cidade Maravilhosa (III)

 Arpoador, 04 de julho, 6:30h da manhã.

A leste, o sol nascendo sobre as montanhas da região oceânica de Niterói:


A oeste, a Lua deitando-se sobre as ilhas Tijucas na praia da Joatinga.



... é a Natureza redimindo o Rio. 


Se ela perguntar...


 

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Ele é - ou pensa que é... - "o cara"?,

Estou mais para  o pensa que é. Até porque  - Ele é o cara!  pode ter muitos sentidos a depender da contexto, do tom e de quem partiu a frase. Como seu autor  é Barack Obama,  não muito chegado ao Lula, tendo a acreditar muito mais no tom equívoco que a ela se dá. Entretanto, brasileiros do Oiapoque ao Chui, que adoram um protagonismo internacional - o caso Vinicius Jr. está aí! - acreditaram no seu tom unívoco. 

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Até agora não entendo a pretensão de um país do hemisfério sul  mediar um conflito no norte europeu,  com o agravante de inicialmente ter tomado partido de um dos lados. Estamos em outro meridiano e paralelo. É forçar um protagonismo que não faz o menor sentido. 

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Depois foi a viagem para a China e as caneladas no governo americano.

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...e agora protagoniza uma pajelança inacreditável para o Maduro. 

Aliás... mais uma manifestação de simpatia por regimes autoritários tipo Cuba, Nicarágua, China...Freud explicaria?

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Resta saber se esssa política externa equivocada é uma política de governo ou resulta  da soberba de um homem. E soberba, na Bíblia, precede a ruína (Prov. 16,18). 

Os fatos demonstram que nada o detém. Manifestou para o pessoal da Aeronáutica sua insatisfação com o AeroLula. Quer coisa melhor. Penso que está sendo coerente. Prá quem quer causar no mundo da política internacional, só mesmo o Air Force One. Ele que peça um deles para o Biden; os americanos tem duas aeronaves similares. Temo que depois do que foi dito em Pequim, ele não terá sucesso.

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Como observador distante do protagonismo e dos protagonistas, e considerando como fatos o que a imprensa publica, minha impressão é de que Lula quer ser para LatinoAmérica, o que Mandela foi para a África. O prontuário desautoriza.

quinta-feira, 1 de junho de 2023

"Cogito": linha do tempo.

 No princípio era o cartesiano : - Penso, logo existo.- 

Depois apareceu o marxista : - Trabalho, logo existo.

...substituido pelo capitalista: - Faço compras, logo existo.

Roger Scruton (pensador conservador inglês) escreveu  um livro que intitulou : - Bebo, logo existo. Cai como uma luva prá mim.

... mas o que melhor define minha  passagem por este mundo  é ... - Andarilho - sim...existe o verbo! - , logo existo.