quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Diz muito sobre os tempos que vivemos (II)

É a praga destes tempos que os cegos sejam guiados por loucos.
William Shakespeare - Rei Lear, Ato IV, Cena 1.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Hai Kai

Os destroços
que restaram do meu naufrágio,
não passam de meros
ossos de ofício.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Without music, life would be a mistake.

A frase é atribuida a  Nietszche que nunca me fez a cabeça. Depois de ouvir esse Agnus Dei acho que terei que reconsiderar.



sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Diz muito sobre os tempos que vivemos


A morte da objetividade me alivia da obrigação de estar certo. Ela apenas exige que eu seja interessante.


Stanley Fish in  Kakutani, M., 2018, A morte da Verdade: Notas sobre a mentira  na era Trump, Intrínseca.

Tudo a ver ...

...com com os dias tempestuosos que vivo.


quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Que ricas opções!

E cá estamos nós depois dos resultados do primeiro turno, com opções de escolha simplesmente  assustadoras;  entre um grupo que levou o país à ruína econômica, que se abateu especialmente sobre os mais pobres  ou um grupo  - outsider no establishment -  despreparado e primitivo. Sobre ambos paira a suspeita de autoritarismo
Estamos colhendo o que semeamos. É da regra do jogo.

É primavera! (II)

Na mata,
a cada nascer do dia,
bem-te-vis e sabiás
alternam-se a reger
uma colorida e alegre sinfonia.

Nos jardins do escritório,
as murteiras
vestem-se com  efêmeras florezinhas brancas
que rescendem a jasmim
e flor de laranjeira.

Nas ruas,
as pessoas despem-se
de suas roupas  cinza
de suas almas  duras.
Investem nas cores
abrem as portas para a alegria.

Enquanto eu,
coração desafinado,
desafio a pequenez,
namoro com o abismo.
Embalo minha dor
com o lamento
do violão de Paco de Lucia
em  Concerto de Aranjuez.

sábado, 6 de outubro de 2018

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Kafkiano.

E vamos para o debate final dos candidatos a presidente da República, sem a participação dos dois protagonistas centrais  da campanha do primeiro turno. Um deles porque está na cadeia - Lula lá - o outro - o capitão - porque  recupera-se em casa de ferimento a faca que sofreu durante a campanha. 
Kafka se foi sem conhecer o Brasil;  da missa não soube a metade.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Provocação

Marcos Lisboa em seu artigo dominical para a Folha de domingo comentando o cenário político atual, lembra que faltam  grandes líderes no país e cita o exemplo de Churchill, que bebia além do razoável, - ótimo! - mas que liderou a resistência britânica a Hitler, abstêmio e vegano.
Olha aí... Hitler aquela flor de pessoa, vegano! Como muitos veganos que conheço consideram-se seres superiores, - a opinião não é pessoal, mas compartilhada por muitos - lhes deve ser extremamente desconfortável a companhia desse rapaz.
É óbvio que não há uma relação de causa e efeito entre o fato de ele ser vegano e as atrocidades que cometeu -  Mao e Stalin, dois outros açogueiros da humanidade, eram carnívoros - entretanto, cabe lembrar àqueles que andam de nariz empinado pelo fato de não comerem carne e terem outros hábitos saudáveis, de que  também não há correlação entre veganismo e virtude.

Efeito Orloff

Houve época em que dizia-se que sofriamos o efeito Orloff em relação a Argentina, pois o que acontecia aqui era uma sequência natural do que por lá se passava, especialmente na política. Baseava-se numa campanha publicitária da vodka Orloff  em que para exaltar-se as qualidades da bebida alguém dizia lá pelas tantas :
- Eu sou você amanhã. 
Um velho amigo meu pensa que toda essa subserviência, essa fixação quase doentia em uma pessoa que se observa em consideráveis estratos da nossa população em relação a Lula, está reproduzindo a devoção que os argentinos tem por Perón; ambos populistas e considerados pais dos pobres  As consequências para a Argentina foram  nefastas e fizeram o país afundar numa crise da qual ainda não conseguiu sair. E lá se vão 80 anos.
A provável eleição de um seu preposto, mesmo com legado de ruínas na economia deixado pelo último  governo Dilma,  parece indicar que o lulismo será o nosso peronismo.
Que Deus tenha pena de nós.