sábado, 30 de março de 2013

Vai entender as mulheres...


Eu desisti. Já o  cara que bolou esse comercial parece que entende do riscado.
(o filme é Bonequinha de Luxo, a atriz Audrey Hebpurn e a música Moon River)

terça-feira, 26 de março de 2013

O Amor II

Vou incursionar por um tema a que fui desautorizado a falar  por, vou assim dizer, uma dessas almas femininas que tanto atormentam a minha. Para não contrariá-la vou usar parte de um  texto do Francisco Daudt , psicanalista, escrito para a Folha em 22.11.2012:

Está bem que nosso primeiro e mais basal motor para viver é o impulso sexual (o gene egoísta quer reprodução, por isso nos ilude com a isca dos prazeres), como qualquer outro vivente sexuado. Mas a nossa espécie, em sua complexidade, arrumou sofisticações para a coisa, e a maior delas é o amor.
Os campeões de pensar o amor continuam sendo os gregos clássicos, de 2.400 anos atrás. Eles reconheciam três formas distintas de amor: Eros, Filia e Ágape.
Eros fala do desejo se expressando nos sentidos, como excitação, e no cérebro, como embriaguez. No coração e nos genitais, ambos pulsantes, na pele que se arrepia, na visão que se turva, na face que enrubesce, no equilíbrio que se perde, na voz que falta, na paixão que arrebata, no animal que irrompe, no ímpeto de tomar, na lassidão de se entregar. A um tempo telúrico e delicado, tectônico e sutil, a mais evidente força da natureza em nós. Ainda estão para inventar prazer maior que o da excitação romântica. Nada se compara à felicidade sexual que faz ver passarinhos verdes, e que só acontece quando a chave e a fechadura certas se encontram, coisa rara. Assim é Eros.
Filia é a amizade, o encontro das almas, o porto seguro, a confiança aliada ao respeito. A consideração (que é ter o outro dentro de si), o bem querer e querer o bem. O lugar da intimidade emprestada com gosto, da compreensão, da compaixão (que é o sofrimento partilhado), do acolhimento da alegria e da tristeza, da saúde e da doença, da riqueza e da pobreza pelos tempos afora. Qualquer semelhança com os votos do casamento é totalmente intencional, pois não há um que perdure sem que a filia tenha crescido entre os dois.
Ágape é a camaradagem, a ligação dos companheiros, seja da boa mesa, seja da torcida pelo esporte. É a liga entre correligionários, do partido ou da religião mesmo, que às vezes se confundem. São os contendores do frescobol, o esporte sem contenda, voltados que estão para construir beleza em suas jogadas, um escada do outro. Os colegas de turma, que almoçam nos aniversários redondos de formatura e se atiram bolinhas de pão. Sócios do mesmo clube, os seguidores do mesmo Twitter, do Facebook, parceiros do baralho na pracinha. Aqueles que se reúnem para tirar um carro do atoleiro e depois não se encontram mais. Dão passagem no trânsito, lugar para os mais velhos. Colegas de excursão. Colegas.
Os vários tipos de amor se entrelaçam, ou, pelo menos, não são categorias estanques, e é bom que seja assim. Eros surgindo na Filia, Filia no Eros, Ágape passeando entre eles...

Destino

Éolo,
soprando sujo de sudoeste,
em conluio com as Parcas,
tramam contra meu Destino.,
Emborcaram meu barco,
rasgaram minhas velas..,
roubaram a luz dos meus olhos,
emporcalharam minha alma
nas águas turvas da baia.
Ao relento,
a merçê
da fúria dos elementos,

tal qual Jó,
peço trégua.
Que vos fiz
deuses impiedosos,
para tanta iniquidade?
Onde errei
para tamanha maldade?
Luz,
Quero um pouco dela!

terça-feira, 19 de março de 2013

A fúria dos elementos

Lá fora...
O vento incansável,
assovia,
numa sinfonia
de sons e ruídos inimagináveis.
A chuva copiosa,
interminável,
derrama pela janela do quarto
filetes e gotas d´água
a miríades.
Cá dentro...
O silêncio da madrugada,
abrigado
da fúria dos elementos,
é palco
da tua onipresente ausência.

sábado, 16 de março de 2013

Chuva

Chegou a chuva,
de um jeito vadio,
com  pingos mansos e suaves,
bebidos com sofreguidão,
por uma terra esturricada
pelo longo estio.
Foi-se rápida.
(A terra segue insaciada,
as gretas ainda abertas,
pedem pelas águas de março,
ausentes,
indiferentes.)
Ficou,
o cheiro da mata molhada,
das folhas  agradecidas
pela água furtiva,
a lembrar
um passado idílico
vivido próximo da natureza
que a ambição abandonou,
por cimento, asfalto, solidão
e uma carência brutal
de sentimento.
A chuva preguiçosa na madrugada insone,  fez-me buscar esses versos feitos para essa mesma chuva a um ano atrás.

segunda-feira, 11 de março de 2013

O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris.

Pois é...
Hoje pela manhã ia a praia - nesses meus 15 dias de vagabundagem devido à cirurgia do olho - quando constatei in loco essa frase do Millor.
Ela não era bonita - rien c´est parfait! - mas aqueles quadris... iam e vinham, balançavam com uma graça infinita. Para completar -  como  estava com um top -deixava visíveis as duas covinhas logo acima da linha da cintura.
Parfait!
(Além da paisagem, uma das - raras - coisas boas feitas pelo homem que o Rio de Janeiro te proporciona!)

domingo, 10 de março de 2013

A volta às origens....

...às coisas boas e simples da vida.

+++++

Uva Isabel bem madurinha, comprada a 3,00 reais na feira. Não tem prá ninguém!

+++++"
Um Viognier 2009, baratinho - comprei na Mistral - do Paul Jaboulet Aîné - Secret de Famille. Quantos aromas e que corpo para um vinho branco! Um dia ainda provo um Condrieu. Deve ser fantástico. 
Acompanhou o básico de um descendente de família  italiana criado na  Serra Gaúcha: galinha (melhor seria um galeto...) na sálvia, alecrim e vinho branco com massa ao molho de tomate e sálvia.


Outra voltinha pelo céu.

sábado, 9 de março de 2013

Sic Transit Gloria Mundi

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do
Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito
simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
- E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!

(Enviada por um esotérico amigo meu (acunpunturista, umbandista, do candomblé, espírita e até católico...quando lhe sobra tempo!)
Singela, publico-a porque tem tudo a ver com o título do blog.

sexta-feira, 8 de março de 2013

O Amor

É um filme grandioso e duro sobre a falência física do ser humano, derrotado pelo inexorável curso do tempo, condenado a retornar ao não-ser. Revela nossa fragilidade, impotência e desamparo diante de realidades que nos ultrapassam. Diante delas  amor apenas não é suficiente. É preciso  fé. Ou então corre-se o risco de um desenlace nos moldes apresentados pelo filme.
Tinha-me prometido que o veria;  essa licença médica, provocada exatamente por tudo aquilo que o filme mostra, deu-me a oportunidade. Cineastas alemães - esse é austríaco, o que dá (quase) no mesmo...- pegam pesado. A peculiaridade do filme é ser estrelado por atores franceses - a atriz principal com uma atuação tocante - falado em francês, très doux ... se passa em Paris, très charmant...  Tudo enfim associado a romance, a lugar de sonho... em nosso imaginário de simples mortais latino-americanos.  Definitivamente não é o que se vê na tela.
Uma das mais belas reflexões que vi no cinema - a outra é o Sétimo Selo de Bergman -  sobre a transitoriedade das coisas e a imensa fragilidade de nossas vidas . Sic transit gloria mundi... afinal.

quinta-feira, 7 de março de 2013

O som ao redor

Lí tantos comentários elogiosos a respeito desse filme brasileiro que nesse meu dolce far niente de 15 dias, resolvi ir vê-lo.
E não é que presta!
Tenho sérias restrições a filmes brasileiros. Nossa crítica  é extremamente indulgente/ condescendente  na avaliação desses filmes daí que para assistir algum só com indicação de gente que não frequente muito o mainstream. O último filme que me agradou foi aquele documentário do José Padilha sobre a tragédia do ônibus da linha 171. É documentário, hein... Filmes revelam a alma de um povo;  somos um povo muito superficial e dificilmente faremos alguma obra que reflita a alma humana e suas profundas contradições.  Só vou a cinema para ver filmes que façam esse tipo de corte do ser humano. É claro que vou - cada vez menos - para me divertir também (filmes do 007 com esse novo ator, são ótimos para isso) ou - cada vez mais - para assistir a documentários.
O som ao redor é uma história bem contada - qualidade rara de encontrar nos nossos filmes -  sobre o dia a dia de  moradores de classe média/ alta de uma rua do Recife. A abordagem,  lembra bastante aquela dos filmes iranianos, mas tem o tempero brasileiro - sexo, obviamente! A história flui naturalmente e o diretor coloca muito bem todas as contradições que perpassam a vida do grupo por ele retratado.
++++++++++++++++
Queria colocar Charles, Anjo 45, cantada pelo Caetano, que aparece forte no filme - bateu uma saudade danada! -   mas está difícil encontrar alguma coisa aceitável na Internet.  O artista é brasileiro - dos maiores -  mas tente encontrar um video pelo menos apresentável com ele cantando essa música.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Tão delicados quanto os vinhos franceses...

são os filmes iranianos. Da Mostra dos Melhores do Ano, em dez, três eram deles. É impressionante a delicadeza do olhar desses diretores sobre o mundo, do despojamento dos atores. Tudo parece um documentário como diz um crítico; a câmera registra a vida que corre com suas contradições, sem frescura, sem afetação, sem superprodução. É a prova de que você pode fazer um grande filme com pouco dinheiro.
A Separação, que ganhou um balaio de prêmios em todas as categorias, especialmente em festivais europeus, é uma jóia de simplicidade, com uma abordagem de temas espinhosos sem tomar partido, mostrando que todos estamos imersos em profundas contradições e que ninguém  escapa de um mal feito.
 Isto não é um Filme, retrata o diretor recluso - mandou o filme para o exterior num pendrive - pelas restrições do regime, filmando-se e sendo filmado no dia-a-dia. E não é que a história rende?
Um Alguém Apaixonado, bem... desse já falei lá atrás.
Vinhos franceses, filmes iranianos... já estou começando a achar que a vida vale a pena outra vez.

domingo, 3 de março de 2013

Uma voltinha pelo céu.

Life is pain and sorrow (III)

...de quando em vez, há janelas para a luz.

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Os bons vinhos são uma delas. A semana que se foi, começou com um Caymus Special Selection 2009 Cabernet Sauvignon, surpresa de um amigo que o abriu ao visitá-lo. Foi açodado, porque ainda está jovem com os taninos incomodando um pouco a boca, mas mostrou  a força do grande vinho que é.
Depois veio a reunião do nosso grupo de ABS na quarta-feira. Três grand cru classés franceses de Bordeux:
Château Grand-Puy- Lacoste 2006 (cinquième) de Pauillac;
Château Giscours  2006(troisième) de Margaux;
Château  Lagrange 2001 (troisiéme) de St. Julien.
Que noite!
A delicadeza e a harmonia desses vinhos é impressionante. Estamos acostumados com os vinhos alcoólicos, rombudos, eu diria arrogantes, do Novo Mundo e dos winemakers atuais feitos para o aqui e agora e o francês que não se vendeu aos novos tempos continua com seu vinho de no máximo 13 gráus de álcool, sutil, longevo, cheio de nuances que normalmente não agrada e nem encanta os iniciantes mas que tem aquele sentimento de permanência.
À imanência e superficialidade dos vinhos do Novo Mundo, a transcendência e profundidade dos vinhos franceses feitos de maneira tradicional !

sábado, 2 de março de 2013

Nem o papa aguentou.

Diferentemente dele passei minha adolescência e juventude em um convento de frades capuchinhos porisso concordo com quase tudo o que ele escreve. A renúncia do papa escancarou um preconceito e indigência intelectual contra a Igreja Católica assombrosos. Ele certamente não é um papa muderno ao gosto dos intelectuais, marqueteiros e do mainstream cultural que faz a festa do circuito Ipanema-Leblon. Também gosto dele. Quer uma Igreja prá poucos e fiéis, não de massa e de padres-cantores. A verdadeira Igreja sempre deu seu testemunho com posturas que afrontavam fragrantemente tudo o que está aí. Isso incomoda os moderninhos. 

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No dia da renúncia do papa uma amiga minha querida, portadora de uma personalidade difícil (acha quase todo mundo bobo) mandou-me uma mensagem assim: Nem o papa aguentou!
Afinal o que ele não teria aguentado? Peço licença a minha amiga nojenta para tomar sua exclamação e fazer um pouco de filosofia selvagem a partir dela.
Antes esclareço que não sofro do comum preconceito de pessoas inteligentinhas contra a Igreja Católica. Qual é esse preconceito? Hoje em dia, num mundo em que todo mundo diz não ter preconceito, o único preconceito aceito pelos inteligentinhos é contra a igreja: opressora, machista, medieval...
Estudei anos num colégio jesuíta. Graças aos padres aprendi a coragem intelectual, o gosto pelas letras, o valor da liberdade religiosa, o esforço de pensar de modo claro e distinto, o respeito pelas meninas, ao mesmo tempo em que crescíamos num ambiente no qual Eros nunca foi demonizado; enfim, só tenho coisas boas para dizer sobre meus anos de escola jesuíta.
Cresci numa escola na qual, durante a semana, discutíamos como um mundo mau pode ter sido criado por um Deus bom. No final de semana, íamos à praia todos juntos, dormíamoslá, meninos e meninas, em paz, namorando, e enchíamos a cara. Noutro final de semana, o mesmo grupo ia a favelas ajudar doentes.
Tive, numa pequena amostra, uma prova do enorme papel civilizador da igreja e do cristianismo como um todo no mundo.
Dizer que a igreja padece de males humanos e que compartilhou de violência de todos os tipos é óbvio demais para valer a pena um minuto de reflexão.
Em jargão teológico essa dupla personalidade do bem x mal não é bipolaridade moral, mas uma dupla identidade: a igreja teria um corpo mundano (pecador como o de todo o mundo) e um corpo místico ( voltado a Deus, à eternidade, inserido no mundo assim como Deus encarnou num homem, Jesus).
Portanto não sou desses ateuzinhos que, no fundo, não passam de teenager bravo porque o pai não existe. Parafraseando o grande Beckett,  God does not exist - that bastard!
Joseph Ratzinger (Bento 16) é um homem inteligente que quis levantar o nível do debate dentra da igreja e numa sociedade como um todo. Um filósofo. Resistiu bravamente à contaminação por uma teologia populista e marqueteira, mas sucumbiu à ancestral vocação humana para a mentira e para a vida burocrática.
Hoje quase todo mundo é populista e marqueteiro; lembremos da máxima da grande escritora portuguêsa Agustina Bessa-Luís: hoje todo mundo quer agradar, até o metafísico.
Foi isso que o papa não aguentou: ele esbarrou no diagnóstico da contemporaneidade feito pela Agustina Bessa-Luís. Todo o mundo só quer agradar o seu eleitorado e Bento 16 quis tratar seu eleitorado como gente grande.
Resultado: angariou inimigos em toda a parte porque rompeu o jogo de falar muito e dizer nada, típico da sensibilidade democrática em que vivemos e também da igreja na .sua base popular
Num mundo de sensibilidade democrática, ninguém quer saber de nada a sério. A afetação infantil (Bessa-Luís, de novo) nos define. O povo é sempre lindo e certo!.
Na democracia, a soberania do governo emana do povo; daí que acha que o povo é sempre lindo é um efeito colateral deste modo da soberania. Logo, todo o mundo só quer agradar, e Bento 16 não quis agradar, quis falar a sério.
Sucumbiu às intrigas palacianas, à inércia da estupidez do mundo de ruídos e baladas metafísicas. As pessoas odeiam quem quer falar a sério. Não querem mais um papa, e sim um consultor de sucesso espiritual e Ratzinger não tem vocação para isso.
A maioria das pessoas quer apenas comprar, divertir-se, ter uma autoestima alta, gozar livremente, não sentir culpa alguma; enfim ter uma vida moral de criança de dez anos de idade.
Nem o papa aguentou. Preferiu fracassar como Sócrates a vencer como um demagogo feliz. No início da quaresma (período em que devemos refletir sobre nossos demônios), denunciou com sua renúncia o mais velho demônio da igreja: a política.
(Luis Filipe Pondé - Folha, 18.02.2013)

sexta-feira, 1 de março de 2013

Prá não dizer que não falei de flores...(II)

Alegria e inspiração para os versos  de um  andarilho!


































Like someone in love

É a música do filme de Abbas Kiarostami, que também recebe esse título em inglês.   É linda! Fui procurá-la no YouTube, e encontrei-a, vejam só, na voz da Ella Fitzgerald, O filme no Brasil  virou um Alguém Apaixonado e foi escolhido como um dos 10 melhores filmes do ano de 2012, exibidos no Rio de Janeiro, pela ACCRJ (Associação dos Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Eles estão sendo mostrados no CCCB do Rio de Janeiro até o dia 3 de março. Prá quem é rato de cinema e ainda não viu algum, é a hora.
O filme? Vi-me um pouco, em função do que me ocorre nesses últimos tempos, na pele daquele velho professor universitário que se envolve - ou é envolvido? -  numa situação que toma contornos inesperados e o deixa  numa tremenda saia justa.  O desfecho - se é que pode ser considerado assim - fica distante de um happy end.
Um parágrafo da crítica de Luiz Fernando Gallego ao filme  no folder distribuido pelo CCBB:
Por meio de elipses e da estrutura aberta do roteiro, o que se demonstra são os equívocos das relações em geral: seja porque mentimos para os outros, seja porque preferimos incorrer em fantasias de autoengano ou ainda porque podemos partir de premissas que tomamos como certezas.
...e uma frase dita pelo velhinho ao namorado descompensado da garota - universitária de dia, call girl à noite - que me marcou e também ao crítico de cinema do NYT, Richard Brody.  Só porisso a consegui na íntegra. Fica em inglês prá não desvirtuar.
When you know you may be lied to, it’s best not to ask questions. That’s what we learn from experience.