são os filmes iranianos. Da Mostra dos Melhores do Ano, em dez, três eram deles. É impressionante a delicadeza do olhar desses diretores sobre o mundo, do despojamento dos atores. Tudo parece um documentário como diz um crítico; a câmera registra a vida que corre com suas contradições, sem frescura, sem afetação, sem superprodução. É a prova de que você pode fazer um grande filme com pouco dinheiro.
A Separação, que ganhou um balaio de prêmios em todas as categorias, especialmente em festivais europeus, é uma jóia de simplicidade, com uma abordagem de temas espinhosos sem tomar partido, mostrando que todos estamos imersos em profundas contradições e que ninguém escapa de um mal feito.
Isto não é um Filme, retrata o diretor recluso - mandou o filme para o exterior num pendrive - pelas restrições do regime, filmando-se e sendo filmado no dia-a-dia. E não é que a história rende?
Um Alguém Apaixonado, bem... desse já falei lá atrás.
Vinhos franceses, filmes iranianos... já estou começando a achar que a vida vale a pena outra vez.
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