É um filme grandioso e duro sobre a falência física do ser humano, derrotado pelo inexorável curso do tempo, condenado a retornar ao não-ser. Revela nossa fragilidade, impotência e desamparo diante de realidades que nos ultrapassam. Diante delas amor apenas não é suficiente. É preciso fé. Ou então corre-se o risco de um desenlace nos moldes apresentados pelo filme.
Tinha-me prometido que o veria; essa licença médica, provocada exatamente por tudo aquilo que o filme mostra, deu-me a oportunidade. Cineastas alemães - esse é austríaco, o que dá (quase) no mesmo...- pegam pesado. A peculiaridade do filme é ser estrelado por atores franceses - a atriz principal com uma atuação tocante - falado em francês, très doux ... se passa em Paris, très charmant... Tudo enfim associado a romance, a lugar de sonho... em nosso imaginário de simples mortais latino-americanos. Definitivamente não é o que se vê na tela.
Uma das mais belas reflexões que vi no cinema - a outra é o Sétimo Selo de Bergman - sobre a transitoriedade das coisas e a imensa fragilidade de nossas vidas . Sic transit gloria mundi... afinal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário