Filhas dos nossos tempos pós-modernos.

As duas tem histórias que rendem um filme ou até uma série de TV. São produto e faturam com o caldo de cultura da nossa época, o tal do espírito do tempo, marcado pelo desaparecimento das grandes narrativas e pela emergência da uma mescla de visões de mundo e crenças que dão origem às personalidades multifacetadas que apresentam. Resumem o nosso tempo, pois levam ao paroxismo o cadinho cultural em que vivemos. Trazem-me a imagem de um tipo encontrável especialmente em ambientes mais cosmopolitas: totalmente depilado, com brincos nas orelhas,  fortemente tatuado, trajando roupas rasgadas. Um retrato - um pouco carregado! - mas que emblematiza as contradições do nosso tempo.

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Sara Winter é daquelas pessoas das quais se pode afirmar: realizou seus sonhos. Camaleoa inteligente, no alto dos seus 28 anos já virou o mundo pelo avesso de acordo com a matéria da revista Piaui .

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Flordelis - acusada de ser a mandante do assassinato do marido, depois de ter tentando envenená-lo por  8 vezes - é pastora evangélica, cantora gospel, uma das deputadas federais mais votadas do RJ. Mãe de 53 filhos (?!?) entre naturais e adotados, alguns deles acusados de serem os matadores. Existe prontuário  mais pós-moderno? Talvez o de Sara Winter.

 

Questão de consciência.

Eu teria sérios problemas de consciência pelo resto da vida,  se permitisse ou concordasse com o aborto de um feto com 22 semanas  e 4 dias de gestação, mesmo se a mãe fosse uma menina de 10 anos que foi estuprada.

Discordo profundamente das opiniões e das ações dos fanáticos antiaborto mas também chama a atenção a arrogância do pessoal pró-aborto em tentar desqualificar quem manifesta opinião contrária como alguém   retrógrado, preso a tabus... só para citar alguns. Sobrou inclusive para os hospitais e clínicas que se recusaram a praticar o ato no Espírito Santo. 

Vamos respeitar as questões de consciência. Cabe lembrar  que o  Pacto Internacional de Direitos Civis no artigo 18 estabelece que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião (...) e de manifestar sua religião ou crença pelo culto, observância e prática e ensino. O Código de Ética Médica no seu artigo 28 afirma que é direito do médico se recusar a realização de atos médicos, que embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames da sua consciência. Existe uma nota técnica do Ministério de Saúde que  só permite o aborto até 22 semanas de gestação, com o feto pesando até 500 gramas, condições que o feto não mais obedecia.  

Tudo bem... 

Existe o artigo 128 do Código Penal que não pune o aborto em casos de gravidez por estupro ou de risco de morte para a gestante, condição extendida em recente decisão do Supremo para o caso de anomalias fetais graves que impeçam a vida extra-uterina. 

A responsável pela criança havia optado pelo aborto que foi suportada por decisão judicial . Acato mas gostaria de saber se todas as opções foram colocadas para a responsável pela menina que tomou a decisão. A vida é um valor supremo e direito inalienável. Sou contrário à pena de morte, e ao aborto. Como exceção para o último, admitiria o risco de morte para a gestante e as condições que o Supremo determinou recentemente, mesmo assim dependendo da decisão da mãe ou responsável.

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Pois é sou contrário ao aborto. Na companhia de Sara Winter e seus 300 que bem poderiam ser os de Esparta e de Leônidas.

Capitão, o "capeta" te espera com tapete vermelho.

Você certamente não é culpado por todos, mas por boa parte dos 100 mil óbitos a que chegamos nesta pandemia. Com os americanos governados por Trump - que dupla, hein? - formamos a vanguarda da insanidade no combate ao virus.

Minha formação católica sinaliza que para te safares do inferno, muita penitência e arrependimento serão necessários. Não creio que sejam suficientes. Deus, São Pedro, anjos e santos, deverão estar de muito bom humor no dia em que bateres às portas do céu para não te entregar de bandeja para o Príncipe das Trevas. Pensando bem,  mereces.

A prova irrefutável da nossa distopia

...é o comportamento - único no mundo - da pandemia no país. Tanto em número de casos como de mortos. Ouvi de alguém hoje pela manhã no rádio de que por essas idiossincráticas terras não teremos uma segunda onda,  apenas uma, - big wave por sinal - que se estenderá com seus números vergonhosos - ao redor do milhar - até quem sabe o advento da vacina. Estacionamos nesse patamar já fazem dois meses como mostra o gráfico abaixo. Logo chegaremos aos 100 mil mortos. Números de genocídio. Só não estamos pior do que os Estados Unidos. Coisa prá levar os dois aventureiros lunáticos - eleitos democraticamente!-  que governam os dois países, para julgamento em um tribunal internacional. 

Fizemos um lockdown meia-boca; raramente chegamos aos 70% de isolamento social. Depois resolvemos abrir comércio e economia com os números da pandemia estabilizados no topo ou ainda em ascenção. Estamos pagando o preço porque almoço grátis no hay. Deus cansou de ser brasileiro;  a gente não se ajuda.

Até quando terei que aturar esse cara?

Ele é o Dr. Fauci, diretor do National Institute of  Allergy and Infectious Diseases,e uma das maiores autoridades  em doenças infeccionas nos EUA. Bate de frente com Mr. Trump,que não gosta nem um pouquinho - a expressão facial diz tudo!  Só não o exonera porque isso lhe custaria caro politicamente.  (a foto é do NYT)