quarta-feira, 29 de julho de 2020

terça-feira, 21 de julho de 2020

Objetividade da notícia é "coisa" de macho branco.

...é uma das muitas pérolas que estão se tornando comuns entre a nova geração de jornalistas que compõe as redações dos jornais americanos de acordo com a matéria da Economist de 16.07 que na edição digital levou o título de How objectivity in journalism became a matter of opinion. Há outras, como a de que o enfoque objetivo é o ponto de vista de lugar algum. Huuum... que lugar seria esse que deveria ancorar o enfoque de um trabalho jornalístico? O lugar da fala - conceito pedestre - que encaminha para um  subjetivismo atroz, mas que tem uma aderência enorme aos valores praticados por esse pessoal?
Mais do que objetividade, o valor a ser alcançado agora  é clareza moral. Moral? Outra porta aberta para a subjetividade, uma vez que ela é a aplicação da ética dentro de uma época ou de um contexto.
O pano de fundo  - prá variar! - é raça. Avolumou-se com as manifestações de protesto raciais que tomaram conta da América depois do assassinato de George Floyd. Podia ser gênero, opção sexual... todas de enorme apelo nas redações não apenas da América mas e também no Brasil. Na Folha, por exemplo,  já são vários os articulistas com essa pegada de gênero, raça, opção sexual... 
O patrulhamento comea a ser explícito; deve-se tomar muito cuidado com as palavras para não se ter o comentário/artigo/matéria qualificado como racially infused. Há manifestos de redação, assédio a jornalistas e editores, que já culminaram em demissões - Leandro Narloch é um exemplo brasileiro. A caça às bruxas corre solta. Um macartismo às avessas?
Enfim... estamos a erguer outra Torre de Babel.  Nunca deu certo, a história está repleta de episódios assemelhados. Vai dar dessa vez? Quem sobreviver, verá...

#abaixo a intolerância (II)


Dois exemplos que mostram o atual estado de intolerância franca, geral e irrestrita e da omissão da direção das empresas/ institutos de pesquisa e ensino em coibir o assédio:
Bari Weiss que assinou o documento - neocon na visão do jornalismo progressista - editora de opinião do NYT, demitiu-se do jornal. Segundo ela, devido ao bullying que sofria dos colegas e do ambiente iliberal do jornal.
Em Pindorama, Leandro Narloch, foi acusado de homofóbico e demitido da CNN por ter usado o termo opção sexual ao invés de orientação sexual.
É a imprensa metendo as mãos pelos pés, confundindo fatos com opinião. Se ela transformar-se em caixa de ressonância de organizações ou grupos políticos, ao invés de tentar nos traduzir os fatos da maneira mais objetiva possível, vai virar apêndice das redes sociais como escreve J.P. Coutinho na sua coluna de hoje na Folha. A propósito, Bari Weiss escreveu na sua carta de renúncia:
 “Twitter is not on the masthead of The New York Times. But Twitter has become its ultimate editor.”

quinta-feira, 16 de julho de 2020

A senhora Khokhlakova conhece bem o gênero...

- Não creia nas lágrimas de uma mulher, Alieksiéi Fiódorovitch! Sou sempre contra as mulheres neste caso e do lado dos homens.
Dostoiévski, Os irmãos Karamázov,  II Parte, Livro IV, Capítulo V

Cantava muito....

Detestava os filmes dela, mas cantando Doris Day é tudo de bom.


Para os tolos.

Com a formação que adquiri durante a vida , discutir raça, gênero, orientação sexual, condição social - pauta dessas minorias barulhentas que precisam exatamente de barulho para sobreviver -   já transitou em julgado faz muito tempo. Há outros problemas infinitamente maiores para me ocupar. Entretanto, o post no Tweeter de um ex-atleta negro na NFL, Marcellus Wiley merece nossa atenção pela inteligência da colocação. 

Só craque...

No centenário dos 100 anos da data de nascimento de Eliseth Cardoso - uma das divas da MPB - uma gravação ao vivo de Feitiço da Vila de Noel Rosa com ela e Jacó do Bandolim. Enfim... uma trinca de ases... nacional.


terça-feira, 14 de julho de 2020

#abaixo a intolerância

Não sou nenhuma personalidade das artes, da ciência ou das letras mas assinaria a carta publicada na edição de 7 de julho da Harpers Magazine. Está cada vez mais difícil manter uma discussão em níveis civilizados. 
O mundo atual tornou-se cenário de uma imensa batalha entre diversas tribos que vivem em bolhas impermeáveis a tudo o quem vem de fora e intolerantes com o dissenso interno. O cancelamento de quem ousa divergir é a prova inconteste dessa política.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Uma trinca de ases...

Sergio Leone, Clint Eastwood e Ennio Morricone. Sérgio foi fazem anos, hoje foi a vez do Ennio. Restou o  Clint,  mas a hora dele está próxima. Todos donos de obras primas. Minha geração está sendo dilapidada pelo tempo.


sábado, 4 de julho de 2020

Socialismo... apud Dostoievsky.

Está na Parte 1/Livro 1 dos Irmãos Karamazov:
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(porque o socialismo não é apenas a questão operária ou de quarto estado, mas é sobretudo a questão do ateísmo, de sua encarnação contemporânea, a questão da torre de Babel, que se construiu sem Deus, não para atingir os céus da terra, mas para abaixar os céus até a terra).
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....abaixar os céus à terra, ilustra com perfeição a implausibilidade do socialismo.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Meia vida

Hoje fecham-se as cortinas do ato mais longo - talvez não seja o mais importante! - da peça que represento nessa minha passagem pela Terra.  Estou saindo da empresa depois de 42 anos e meio. Ainda lembro do dia em que parti de Porto Alegre às 12:30h em um  Boeing 737 da Transbrasil para Aracaju. Jorge Alberto - já aposentado - era meu companheiro de viagem. 
Caramba, parece que aconteceu a uma semana atrás e no entanto lá se foram 42 anos. Não sei se passamos pela vida ou é ela quem passa por nós sem que nos demos conta. 
Foram anos bons e ruins numa sucessão de altos e baixos que  lembram uma montanha russa em que as brigas com alguns chefes - a maior parte deles -  correspondem às rampas de descida e meu alinhamento com o a gerência as rampas de subida. Talvez a mais duradoura e marcante tenha sido o período em que me envolvi diretamente com o itinerário formativo da petrofísica que se deu nos anos próximos ao final. Foi o período em que me empenhei com afinco em recuperar o prestígio de uma atividade que tinha sido dilapidada na gerência em que trabalhava. Deve ter sido minha grande obra na empresa uma vez que citada com frequência na live de despedida que fizeram meus colegas na sexta-feira passada. Tanto massagearam meu ego que fumei dois charutos e bebi Jack Daniels prá lá do razoável, mas mantive as aparências; sou duro na queda em se tratando de álcool.
Sempre é gratificante sentir-se parte da história mesmo que como personagem, dado a imensidão do palco de uma empresa do porte da Petrobras.

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Agora é papo pro ar e pernas prá que te quero.  Sem compromissos, sem culpas, fazendo o que me der na telha. 
 - Serei capaz de levar adiante ?