sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Brasil que dá certo! (II)


O Brasil que dá certo.

No meio de tanta notícia ruim o IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal - edição 2015 (dados de 2013)) coloca o município onde resido uma semana no mês (Lajeado) e aquele onde nasci (Arroio do Meio)  entre os municípios mais desenvolvidos do país. Ambos ocupam o primeiro e segundo lugares no estado, que mesmo decadente é o segundo em  número de municípios (16,4%) nos TOP500. É um daqueles bolsões do país que podem ser considerados senão primeiro, certamente, segundo mundo.
PS - Nasci em Nova Brescia, hoje município, mas naquele tempo, distrito de Arroio do Meio.

Ranking IFDM Geral UF Município IFDM
Nacional Estadual
MG Extrema 0,905
SP São José do Rio Preto 0,9046
SP Indaiatuba 0,9009
SP São Caetano do Sul 0,9006
SP Vinhedo 0,8994
SC Concórdia 0,8933
SP Votuporanga 0,8914
SP Paraguaçu Paulista 0,8907
SP Jundiaí 0,8892
10º SP Santos 0,8846
11º SP Araraquara 0,8839
12º 10º SP Itupeva 0,8823
13º RS Lajeado 0,8813
14º 11º SP Barueri 0,8795
15º 12º SP Santana de Parnaíba 0,8794
16º 13º SP São João da Boa Vista 0,8782
17º CE Eusébio 0,8782
18º 14º SP Ariranha 0,8763
19º RS Arroio do Meio 0,8758
20º 15º SP Franca 0,8754

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Não tem jeito mesmo.

No meu último post fiz um elogio ao aumento - nos últimos anos -  dos blocos de rua no Carnaval, com São Paulo surpreendendo.
- Que bom! pensei eu lá com meus botões.  É a volta do povo para a rua, o resgate dos velhos carnavais.
Entretanto, leiam o trecho abaixo da coluna do Jânio de Freitas para a Folha de hoje, e aí, bem...

Parecia Carnaval, um tanto estilizado pelas multidões mais afeitas a espectadoras imóveis dos shows de rock do que à ginga do samba e à graça das marchinhas. Parecia, mas era guerra. Mais uma, não bastando Eduardo Cunha versus governo, Lava Jato versus corrupção na Petrobras, PSDB contra PT, imprensa contra Lula, e as muitas menos prestigiadas pelos bombardeios.
Duas combatentes, entrevistadas como diretoras de um bloco, diziam coisas sem nexo: trabalham o ano inteiro na organização do bloco, apesar dos seus diplomas universitários só se ocupam do bloco, organizá-lo exige muitas reuniões de trabalho. Mas o bloco nada tem de especial, nem fantasias próprias, nem alegorias, nada. Só gente, gente, gente. E cerveja, cerveja, cerveja. Mas tem novidades, sim. Inovações de verdade.
Uma nova profissão: fundador e diretor de bloco, antes ocupação amadora, tornou-se profissão. Emprego sem risco de demissão. O velho "general da banda" só deu samba, mas ser general ou generala de bloco dá dinheiro. É que os fabricantes de cerveja trouxeram para as ruas a guerra até então disputada só na TV e nos bares.
O grande aumento do número de blocos no Rio e em São Paulo neste ano, apoiado no grande aumento do incentivo "jornalístico" para o comparecimento das massas, foi fabricado e financeiramente bancado por indústrias de cerveja. Um programa desenvolvido ao longo do ano. Cada multidão com nome de bloco veio a ser, na verdade e sem saber, como uma reunião inumerável de pontos de venda: a multidão de consumidores acompanhados pela multidão de carrocinhas, carrinhos, triciclos vendendo latas de cerveja. E aí a chave do negócio: em cada bloco, cerveja de um só fabricante. Exclusivo, aliás, de numerosos blocos, áreas de concentração e de dispersão.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Off Carnival.

A boutade passa longe do Carnaval e da turma que está se acabando na folia.  Impressionante como os blocos  se multiplicaram nos últimos anos. Estão dando o tom do carnaval.  São Paulo surpreende
Feita a menção ao evento que paralisa o país, vamos ao que (não) interessa. A frase  foi retirada da coluna do Vinicius Torre Freire, na Folha de 07.02.2016.
Circula na praça do mercado uma versão da velha piada tétrica sobre a diferença entre recessão e depressão. Na recessão, seu vizinho perde o emprego. Na depressão, você também perde o emprego. Recuperação é quando a Dilma perde o emprego.


sábado, 6 de fevereiro de 2016

Povo exibido

Brasileiro adora aparecer. Já presenciei cenas constrangedoras no exterior por conta dessa virtude dos nossos patrícios. Os antigos - minha mãe usava muito a palavra - (des)qualificavam  a pessoa que fazia questão de estar sempre em evidência como exibida.
E se gostamos de aparecer devíamos estar felizes, pois o país está em evidência no mundo mais uma vez. Por obra e graça da zika,  tragédia que nos joga  no colo da África - nada contra o continente e seus habitantes, mas contra o atraso e miséria, por favor!. 
Muita gente   está comparando este surto ao do ebola  que desabrochou  - vejam só! -  em Serra Leoa. Choque de realidade indigesto para  quem até pouco tempo se imaginava sentado à mesa das grandes potências mundiais. 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Um outro mundo é possível.

Nessa miséria atual, uma notícia que me deixa feliz e certamente vai desagradar poderosos  lobbies, como aqueles da  indústria petrolífera mundial,  e no Brasil, das empreiteiras porque  construtoras de hidrelétricas.

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De acordo com um relatório recente da empresa de investimento Lazard, o custo da geração de eletricidade utilizando a energia eólica caiu 61% de 2009 a 2015, enquanto o custo da energia solar caiu 82%.
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Paul Krugman - Vento, sol, fogo, Folha, 01.02.2016