segunda-feira, 28 de março de 2016

O U da felicidade

Umas das questões que mais ocupa nossas mentes no início do século 21 é a felicidade.
Na filosofia, a felicidade tem inúmeros sentidos. Da beatitude mística (nas religiões), passando pelo cuidado para que o desejo não nos enlouqueça (estoicismo e epicurismo), até chegarmos ao entendimento mais comum em nossos dias que é a felicidade como realização dos nossos desejos (fruto da sociedade de consumo).
Confesso que considero a busca maníaca pela felicidade meio brega, mas, nem por isso podemos negligenciá-la, principalmente quando se trata de algo tão presente em nosso atual modo de vida.
Mas há um outro motivo para levarmos a sério a busca pela felicidade. Trata-se do simples fato de que somos candidatos certos à infelicidade. Doenças, frustrações, traições, morte, enfim, todo um universo infinito de perdas.
Por isso, mesmo que eu julgue que viver obcecado pela felicidade é um atestado de superficialidade de alma, não podemos deixar de reconhecer que há razões de sobra para temermos a infelicidade.
Estudos sobre felicidade relacionam idade à possibilidade maior ou menor de nos sentirmos felizes. Sei que você deve estar se perguntando o que eu quero dizer por felicidade.
Reconheçamos que, mesmo que "vagamente", está claro para nós que felicidade hoje em dia tem a ver com a realização de desejos e com o usufruto do corpo com saúde o maior tempo possível.
Então chegamos ao "U da felicidade". Entenda esse U como uma parede que desce (o lado esquerdo do U), o fundo do poço (a parte baixa ou o fundo do U) e uma parede que sobe (o lado direito do U).
Quando nascemos estamos na parte mais alta do U, na sua parede esquerda. Jovens, com saúde plena (na maioria esmagadora dos casos, fora raras exceções médicas), temos todo um futuro pela frente, cheios daquele encantamento que enche nosso coração de disposição para a vida, tudo é novo e interessante, inclusive os outros jovens à nossa volta.
As ideias mais absurdas nos parecem possíveis. Enchemos a cara e levantamos no dia seguinte para fazer a prova. O mundo está aberto para nossos sonhos, inclusive porque o mercado trabalha cada vez mais para nós. Então inicia-se nossa descida "aos infernos".
Lá pelos 40 anos de idade, estamos chegando à parte baixa da parede esquerda do U. Já com alguns amores traídos, talvez a carreira profissional já tenha se revelado na sua possível mediocridade, grana curta, horizonte já mais estreito.
Chegando aos 45, até uns 60, estaremos no inferno. Saúde já apresentando limites, casamentos já fracassados, vida "single" já se revelando na sua face de solidão desinteressante, corpo já fora da forma de plena da beleza a ser consumida no "mercado do desejo", filhos muitas vezes que se tornaram uns estranhos sem nenhum interesse em nós ou nós neles, enfim, essa fase é a pior de todas.
Mas eis que algumas pessoas a partir dos 60 anos de idade relatam uma significante retomada da felicidade. Caso tenhamos cuidado razoavelmente da saúde e não tenhamos destruído qualquer pequeno patrimônio, descobriremos que não vai adiantar exigir de nós mesmos padrões de pessoas com 30 anos.
Caso tenhamos sonhado a vida inteira com os Alpes suíços, descobriremos que a Serra Gaúcha pode ser também uma boa pedida. Buenos Aires está mais perto do que Paris, os cinemas estão à mão, e o desejo de engolir o mundo já passou.
Um pouco de tranquilidade da alma, como diziam os estoicos, pode estar mais próximo do que imaginávamos, e a medicina e a estética farão de pessoas da mesma idade que nós parceiros interessantes e com experiências semelhantes às nossas.
Aí então iniciaremos a subida da parede direita do U. Acima de tudo, teremos mais tempo no cotidiano para fazer o que quisermos. Esses estudos mostram que os níveis de felicidade podem voltar a subir a partir dos 60 anos de idade.
E, então, crescerá a sensação de que temos condições de realizar alguns dos nossos desejos que antes nos pareciam impossíveis.
Enfim, talvez possamos mandar o mundo que nos enche o saco para aquele lugar e então repousaremos em nós mesmos.

Luiz Filipe Pondé - Folha, 28.03.2016

domingo, 27 de março de 2016

Pura alegria!

E no Domingo de Aleluia poderia ser a pompa e circunstância do  Aleluia de Haendel. Prefiro o lirismo e a doçura da Cantata de Johann Sebastian Bach: Jesus, Alegria dos Homens ( BWV 147)


sábado, 26 de março de 2016

Intermezzo...

entre a Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Aleluia.
Lírica e triste. Trilha sonora perfeita para esse dia.



quinta-feira, 24 de março de 2016

Uma lágrima para....

Johan Cruyff. 
Seu futebol e a Holanda de 1974 fizeram-me sonhar. Eles foram uma das coisas boas que passaram na minha vida.Ajudou o fato de estar apaixonado.
Perderam a Copa mas ganharam  a história. Além de jogar muito - prá mim um dos 10 maiores -  Cruyff pensava o futebol. Ele foi um dos mentores intelectuais da Laranja Mecânica juntamente com Rinus Michels ... E - dizem - fumava um maço de cigarros por dia.
A velha e boa natureza humana, do jeito que gosto. Um cara completo!




Copa de 1974 - Johan Cruyff domina bola durante a partida da Copa do Mundo de 1974, contra a seleção da Argentina:

terça-feira, 22 de março de 2016

Carioquices

Pois o nosso alcaide considerou uma carioquice todas as besteiras ditas por ele,  naquela conversa telefônica com o Lula,  grampeada pela Lava-Jato. Dou razão a esse pândego, segundo um dos rapazes do Fim de Expediente da CBN, na sexta-feira que passou. O besteirol desse diálogo tem muito a ver com  a carioquice, que - pasmem! - deixa muitos  cariocas orgulhosos. Deveria, isso sim,  cobrí-los de vergonha.




domingo, 20 de março de 2016

Semana de Reis

É uma semana  para os anais da  história do país.  Chegamos ao final dela e ao final do verão, um dos mais quentes da história aqui no Rio, como uma nau a deriva. Não sabemos em que porto atracaremos,  se não afundarmos antes.
O crème de la crème sem dúvida foi a divulgação das gravações envolvendo o Lula. O que é dito alí, num país sério derrubaria a república.
Revelam o eu verdadeiro que se esconde por detrás de máscara trabalhada pelo marketing dos protagonistas, figuras importantes da vida pública desse país. Há pérolas de afronta às instituições, preconceito, arrogância, deboche, temperados com uma linguagem a nível da sarjeta. Enfim o ser humano na sua plenitude. 
 É verdade que nem sempre pode-se colocar para o distinto público o que é dito em caráter privado. Entretanto, é  verdade também, que  longe das amarras do público (sociedade)   revelamos sem reserva o que transita pelo nosso imaginário. Um espetáculo deprimente  encenado por Lula que está jogando no lixo sua história,  e outras figuras dignas do atual  picadeiro  político.É o eterno retorno das nossas misérias. Sempre, mais do mesmo. Agora pior, com o acréscimo de um elemento novo: o palavrão usado como vírgula,  numa feliz expressão de Rui Castro (Folha, 19.03.2016).  Nos anos da minha juventude invectivávamos contra a hipocrisia dos mais velhos. Quarenta anos depois, pouco mudou. Quem criticava naquela época, toma o lugar dos hipócritas de ontem.
É desanimador e preocupante o rumo tomado pelos acontecimentos. Os mais velhos dizem que acirramento de ânimos dessa grandeza se deu apenas nos tempos pré-suicídio de Getúlio Vargas.  
Falta dignidade, falta grandeza, sei lá, falta tudo. Esses audios certamente são um dos grandes fatos desse período pós-ditadura. Deixam claro que muito há que ser feito para que nos tornemos uma sociedade que alcance maioridade na sua democracia. Quem quiser entender esse país precisa ouvir seu conteúdo.

domingo, 13 de março de 2016

O tempo passa...

#beatles - They were the best band ever and always will be!:



É uma foto do  Pinterest. Baixei-a  dias atrás. Impressionou-me pelo  insólito. A  figurante desacompanhada do protagonista, o acessório desprovido do principal. A batida dessa bateria e de algumas outras sacudiram minha vida nos distantes sixties. Um tempo de sonhos.
A  morte do  George Martin - quinto Beatle? -  motivou-me a publicá-la.

sexta-feira, 11 de março de 2016

A tragédia seguida da farsa.

A propósito dos tristes tempos em que vivemos, com o ex-partido da ética - PT - e seu capo, decompondo-se  o olhos vistos diante da sociedade, muito oportuna a frase do Paulo de Tarso Venceslau, citado na coluna do Luiz Antônio Novaes,  Conexão São Paulo em O Globo de 05.03.2016.

Já vi e revi esse filme. No mensalão, foi a tragédia. Desde o petrolão, é só farsa.

Paulo de Tarso, economista, foi expulso do PT, por ter denunciado o tráfico de influência que o partido fazia em suas prefeituras na década de 90.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Evoluimos?


http://aeconomianoseculo21.blogfolha.uol.com.br/files/2016/03/mouse-machadodemao.png


A figura ilustra o artigo de Bernardo Guimarães, A Riqueza das Nações, 240 anos em  Folha, 09.03.2016.

terça-feira, 8 de março de 2016

sábado, 5 de março de 2016

Fernandinha em dois tempos.

Ela teve coragem para escrever o primeiro artigo. Considero-o ótimo. É de uma cabeça arejada. Contempla com propriedade os passes e impasses da relação homem x mulher sem camisas de força e aprioris que as feministas adoram colocar e que não existem em qualquer relação. 
É seu ponto de vista; é quase o meu. É o ponto de vista de uma mulher branca de classe média, ela escreveu seu segundo artigo, onde se rendeu ao linchamento.  Afinal, é o que ela é. As feministas queriam que fosse o seu. Não foi, então é delito de opinião. E partiram para o massacre. Logo elas, tão oprimidas pelos machos. Oprimiram Fernandinha e oprimem quem ousa delas discordar. O episódio mostra como a humanidade transcende o gênero;  antes de homens ou mulheres somos humanos, com toda a miséria associada,  não importando se vestimos calcinha ou cueca. O discurso de gênero, dos auto-intitulados setores avançados da sociedade quando vocalizado por representantes das classes média alta e alta,  é uma das pautas mais regressivas da contemporaneidade;  um capítulo da grande narrativa em que se insere o politicamente correto.  Tem muito muderno faturando tanto pecuniariamente quanto culturalmente com o tema.
 O texto antes do linchamento:
No presente, a mulher ainda apanha, ganha menos do que o homem e fechou um contrato social impossível de ser cumprido, já que cabe a ela não só cuidar da prole, do lar, se manter jovem e desejada, como também trabalhar para contribuir para o sustento da casa. Sobra tempo nenhum para dormir e, muito menos, sonhar com alguma realização que vá além dos deveres do dia.
Nas camadas mais desassistidas, o fim do casamento indissolúvel produziu milhares de lares sem pai, onde a avó e a mãe servem de esteio para a estrutura familiar. Na falta de creches, de escolas, do estado para ampará-las, a tarefa de criar rapazes que não repitam a violência e o abandono dos pais e meninas que deem um basta na escravidão das mães, é uma missão que beira o inatingível.
A maternidade interfere na vida da mulher de uma forma mais arraigada do que a paternidade na do homem. Temos um relógio biológico certeiro, que coincide com nosso período produtivo, interferindo nas decisões profissionais e pessoais. A fragilidade no emprego, a dependência dos cônjuges, a falta de liberdade de ir e vir passa pela incapacidade do feminino de se desapegar das crias. Um homem, seja ele pobre, rico, preto ou branco, baixo, alto, feio ou bonito, dorme quando está cansado, sai quando deseja e dá prioridade à própria agenda, sem nenhuma pressão que não a da vontade.
Algumas correntes defendem que essa diferença é cultural, mas eu acho que é biológica, carnal, imemorial.
Sou pela licença paternidade. É um passo e tanto para que o casal, unido, divida a responsabilidade dos primeiros meses exaustivos de um bebê. Sou favorável a que toda fábrica tenha uma creche e tenho gratidão pelas babás que me criaram e que criaram meus filhos, cumprindo a função da mãe social, que nos tempos da vovó menina era feito pelas tias, primas, avós e irmãs da casa.
Invejo o companheirismo dos homens, o prazer que eles sentem de estarem juntos e se divertirem com qualquer bobagem. Homem gosta muito de estar com homem. Não me incomoda o machismo, confesso, talvez seja uma nostalgia de infância que carrego. A geração que me criou era formada por machões gloriosos, de Millôr a Miéle, irresistíveis até nos seus preconceitos.
Um editor alemão recusou publicar meu livro, Fim, dizendo que era machista. Explicaram que a obra havia sido escrita por uma mulher e ele disse que não importava, que era machista do mesmo jeito e não iria pegar bem na Alemanha. Está certo o editor, eu sou latina, não consigo entrar numa sauna com todo mundo pelado e me manter isenta.
Os estupros da passagem de ano na mesma Alemanha advogam em favor do editor avesso ao machismo. A violência contra a mulher é menor em lugares onde a igualdade entre os sexos é melhor resolvida. Nos países muçulmanos que visitei, Marrocos, Egito, Malásia, sempre me incomodou o olhar guloso, reprimido e repressor dos homens.
O Brasil está entre um e outro.
Minha babá era um avião de mulher, uma mulata mineira chamada Irene que causava furor onde quer que passasse. Eu ia para a escola ouvindo os homens uivando, ganindo, gemendo, nas obras, nas ruas, enquanto ela seguia orgulhosa. Sempre associei esse fenômeno à magia da Irene. O assédio não a diminuía, pelo contrário, era um poder admirável que ela possuía e que nunca cheguei a experimentar.
Estou certa de que essa é a minha primeira encarnação como mulher.
Apesar do talento para ser mãe, sou menos feminina do que gostaria de ser. Já beirando a idade em que nos tornamos invisíveis ao peão da obra da esquina, rejeito as campanhas anti fiu fiu e considero o flerte um estado de graça a ser preservado. É claro que um chefe que mantém uma subalterna sob pressão constante merece retaliação, mas uma vida de indiferença, onde todo mundo é neutro, não falo igual, digo neutro, sem xoxota, sem peito, sem pau, bigode, ah… é uma desgraça.
Tenho admiração pelas mulheres livres, que não conhecem o medo e são plenas na sua feminilidade. Certa feita, um mulherão me explicou que terminou um casamento sem brigas e sem sofrimento porque o marido ficou homem demais. Na casa dela, pontuou a morena, só havia lugar para um homem, e esse homem era ela.
Nunca fui mulher o suficiente para chegar a ser homem.
A vitimização do discurso feminista me irrita mais do que o machismo. Fora as questões práticas e sociais, muitas vezes, a dependência, a aceitação e a sujeição da mulher partem dela mesma. Reclamar do homem é inútil. Só a mulher tem o poder de se livrar das próprias amarras, para se tornar mais mulher do que jamais pensou ser.
Um homem fêmea.
 O Mea Culpa, na realidade  A Capitulação.


Venho aqui pedir desculpas pelo artigo Mulher que publiquei no Blog Agora É Que São Elas, daFolha. Jamais pensei que ele seria uma afronta tão profunda a nós mulheres. Não o teria escrito se achasse que era esse o caso.
As críticas procedem, quando dizem que eu escrevi do ponto de vista de uma mulher branca de classe média. É o que sou.
Minha mãe sempre trabalhou, teve um casamento que nunca cerceou o seu direito profissional, eu cresci num ambiente de extrema liberdade, conquistada, diga-se, com a ajuda de movimentos feministas anteriores a mim. Era uma época de um machismo muito arraigado, do qual guardo heranças, mas que, lamentavelmente, ainda à época não estava identificado de forma direta com o estupro e a violência.
Entendi com as respostas ao meu artigo que, hoje, os movimentos feministas lutam para que essa associação seja clara. Inclusive no que se refere ao direito de ir e vir sem assédio.
Esperava-se de uma voz feminina que tem um espaço para se posicionar, uma opinião menos alienada e classista diante da luta pelo fim de tanta desigualdade e sofrimento que as mulheres enfrentaram e enfrentam pelos séculos.
Refleti durante toda semana e o que me cabe são profundas desculpas. Procurarei estar atenta e comprometida com essas reinvindicações.
Entendi que existe uma discussão maior, que vai da cidadania ao direito ao próprio corpo, e, acima de tudo, uma luta pela erradicação da violência contra a mulher num país já tão violento, discussão essa que não comporta meios termos.
Sou contra o estupro, a violência, o baixo salário, o racismo, e reafirmo a importância dos movimentos que lutam pela melhoria das condições de vida da mulher e das minorias no Brasil.
Sou mulher e não gostaria de ser vista como inimiga desses movimentos, e nem de vê-los como tal, porque isso não corresponde à realidade do meu sentir.
Toda vontade de mudança parte do indivíduo, é o que estou fazendo aqui. Sem a coletividade é impossível avançar.
Prometo estar atenta. Perdão por ter abordado o assunto a partir da minha experiência pessoal que, de certo, é de exceção.
Mea culpa.
Fernanda Torres - #Agora é que são elas - blog ancorado na UOL

quarta-feira, 2 de março de 2016

Good old times!


O tempo é a única realidade definitiva. Normaliza tudo. É inimaginável pensar nesses caras em termos de tempos que se foram e não voltarão jamais. Peça à garotada de hoje se eles conhecem Jimi Hendrix, Bob Dylan, Led Zeppelin? Poucos certamente falarão deles. O tempo os devorou.  Eles são passado.  Em tempos de Quaresma, vale a pena recordar que somos pó e a ele tornaremos.

(os cartazes foram extraídos do Pinterest)

JIMI HENDRIX:




Rio, 451 anos.


Foi ontem.
No dia anterior recebi essa foto via Whatsapp, que diz muito sobre os dias atuais no aniversário dessa cidade quase quinhentona. No fundo o recém inaugurado e badalado  Museu do Amanhã, com arquitetura de gosto duvidoso ( parece um réptil, um crustáceo...) ; em primeiro plano as águas escandalosamente poluídas da baia da Guanabara. Lembram-me do que vejo diariamente no  Canal do Cunha num cenário de partir o coração. Não imaginava que ele se repetia até mesmo no centro da cidade.   Esse mix de atraso e modernidade representa bem essa cidade de muitos vícios (Sin City) e poucas virtudes, apesar da maioria de seus nativos serem possuídos por  uma hubris   capaz de matar de  inveja até aos buenairenses.

terça-feira, 1 de março de 2016

Muito de mim.

Minha independência, que é a minha força, me leva à solidão, que é a minha fraqueza.

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atribuida a Pier Paolo Pasolini - a quem muito admiro - no artigo de J.P. Cuenca: A arte do fracasso (Folha, 01.03.2016)