quinta-feira, 31 de março de 2022

Diversidade

Em julho de 2018, comentei que faltariam letras do alfabeto para o acrônimo. Estávamos no LBGT+. 

Acabo de descobrir  em matéria lida recentemente que já foram incorporadas outras três. Evoluimos - sim porque isso é evolução - para  LBGTQIP+. As primeiras quatro letras do acrônimo eu consigo traduzir, embora desconheça as particularidades da opção sexual que representam. Das outras, reconheço minha total ignorância. A diversidade avança rápida e assustadoramente.


terça-feira, 29 de março de 2022

Democracia disfuncional

Ontem assisti a uma reportagem sobre -  digamos as estrepulias - de um vereador da nova safra carioca, Gabriel Monteiro, acusado de assédio moral, assédio sexual, estupro y otras cositas más. Tornou-se conhecido através das redes sociais - era youtuber. Tinha uma ficha  bem pouco recomendável, junto à Polícia Militar por onde passou antes de se eleger, - pasmem! -  como  3o candidato mais votado nas últimas eleições. Entretanto, no mundo encantado e desencanado das redes sociais, nada como ser um youtuber de sucesso!

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Também na Folha de ontem foi publicado o artigo do professor Marcus Andre Mello sobre uma pesquisa feita a respeito do nível de conhecimento médio do eleitor feita em S. Paulo ao longo da década que passou que revela uma assustadora ignorância a respeito de candidatos, partidos políticos e da própria democracia. E olha que a pesquisa foi feita no estado mais desenvolvido do país! Lendo-o você vai entender porque  o nosso vereador , vamos dizer delinquente, conquistou a 3a maior votação para a Câmara do município.

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Paralelo a isso rola uma campanha que conta com amplo apoio imprensa, incentivando os jovens de 16 anos e mais,  a se tornarem eleitores. Estranha essa obsessão brasileira pelo voto. Muito mais importante do que obrigar todos a votar, seria dar ao povo subsídios a respeito de como funcionam as instituições em um estado democrático de direito. Certamente não teríamos tantos delinquentes nas casas legislativas do país.

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Somos uma democracia precária, com instituições precárias. Como apenas uma minoria é instruída suficientemente sobre uma e as outras, ficamos à mercê desses poucos, que nos mostraram sobejamente nos nossos 500 anos de vida que o melhor bocado é sempre o que lhes cabe.

sábado, 26 de março de 2022

Millôr matador

 

Intelectual é um cara capaz de chamar a galinha em meia dúzia de linguas diferentes mas pensa que quem põe o ovo é o galo.

sexta-feira, 25 de março de 2022

NYC(III)

O que mais me impactou nessa viagem foi a seção de frutas e verduras nos supermercados. E olha que estávamos no Brooklyn! Havia dois próximos. A vontade era de passar por lá todos os dias só para ficar perto de tanto frescor e contemplar a beleza e a variedade das cores. A presença de uma cozinha no studio permitiu que eu pilotasse o fogão e a ida ao supermercado tornou-se um acontecimento.  

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Não pense em nada parecido por aqui, pelo menos no que é do meu conhecimento. Talvez tenha visto algo similar no Mercado Municipal de S. Paulo.

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Notável também a presença de produtos orgânicos. Na seção de frutas e verduras é mais fácil encontrá-los do que os produzidos com agrotóxicos. 

terça-feira, 22 de março de 2022

NYC (II)

 ... e vamos à DR da viagem.

Sempre viajei só, com exceção de uma ida à Europa que fiz com uma amiga em 1984. Foram 40 dias percorrendo vários países; nos aturamos por cerca de 30, nos separamos em Viena, acho, e nos reencontramos em Paris no trem de volta para Madrid. Continuamos bons amigos. 

Quanto a esta viagem, confesso que estava cético. Três velhos com suas idiossincrasias...a parada não seria fácil. Porém, como foram 9 dias apenas, deu para fazer para o gasto. Daria uma nota 7.

Como em todo o relacionamento, o humano demasiadamente humano, esteve presente. Joguinhos de poder são o mainstream e não faltaram.  Enfim... nada de sobrenatural. Junte duas pessoas ou mais e invariavelmente você terá que conviver com isso, quando não, muito mais! A maior parte das pessoas aceita e joga o jogo. Estamos todos na lida, darwinianamente struggling for life. Mateus, primeiro os meus! em bom português.

Viajar em grupo tem vantagens evidentes, como a de que mais  cabeças pensantes decidem e veem melhor. Cada uma, entretanto, carrega suas idiossincrasias. Se vale a pena pagar o preço? A maioria acha que sim, tanto que os viajantes solitários são minoria. Tenho lá minhas dúvidas; para algumas situações - raras - o grupo é indispensável, para outras - a maior parte! - nem tanto.   É apenas a opinião de um solitário de carteirinha com  DNA antissocial. 

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Se eu repetiria a experiência? A ver...

Só felicidade!


 

NYC

Depois de 10 anos voltei ao exterior. E logo prá onde... NYC, a Roma moderna e pós-moderna. Tive a companhia de dois colegas, talvez o fato mais inusitado da viagem já que sou um solitário pós-graduado. mas isso vale um post à parte.  

O final do inverno deixou suas marcas. Dos 9 dias passados por lá, três foram chuvosos e cinzentos; em um deles enfrentamos  neve e -5gr C. As árvores, nuas, passavam melancolia. Ficamos no Brooklyn, em um prédio em frente ao Prospect Park. Ótima localização, próximo ao metrô e a dois supermercados. Pena que o studio alugado se localizasse nos fundos, de frente para uma linha do metrô.





A orientalzinha, a coisa mais linda da viagem, prá ilustrar o frio da estadia. Estava na fila  aguardando sua vez para entrar no Museu de História Natural


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Não mudou...

A cidade suja - particularmente seu metrô. 

O trânsito tumultuado para os padrões americanos, um pouco semelhante ao nosso.

As newyorkers de pele muito branca contrastando com o preto das roupas e dos óculos... Se achando. Algumas, com razão...  

Black people, presepeiro sempre. Presenciei no metrô, uma mãe batendo no próprio filho. Na bunda, é bem verdade....

Washington Square bombando.

Se você não quer encontrar brasileiros a melhor opção é ir a um museu.

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Mudou...

Há muitos núcleos de espigões brotando não apenas em Manhattan mas no Brooklyn, Queens, em Jersey. 



Os táxis amarelos, símbolo da cidade, diminuíram e deram lugar às SUV's. 

Os carrões de marcas americanas praticamente desapareceram das ruas; foram substituidos principalmente por japoneses mais compactos.  

Espaços reservados apenas para cadeiras e mesas para qualquer um sentar-se e descansar,  apreciar o movimento, ou até para dar uma beliscada numa comidinha. Ví pelo menos 3 delas ao longo da Broadway. 

Eataly. Comida boa e barata para os padrões novaiorquinos.

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Coisa boa... a palavra, por lá, ainda vale. Mesmo em NY!

Comprei um guarda-chuva sem  a etiqueta do preço. A caixa da Target, procurou, não encontrou, pediu auxílio para a caixa mais experiente que veio até mim e perguntou se não tinha visto o preço em outros exemplares. Disse que sim, por volta de $21,00. Ela cobrou $19,99. Simples assim... 

Para ir a um outlet em Jersey - usual para  todo brasileiro consumista! - tomamos um ônibus em Port Authority. Compramos um ticket de ida e volta, mas o motorista, na ida ficou com ele. Teríamos que pagar a volta novamente. Um colega, mais versado no inglês, desenrolou com o motorista - um negão com cabelos pela cintura - no retorno. Ele aceitou os argumentos e não nos cobrou duplamente.

Inimaginável por aqui....

PS - desenrolar =  argumentar. Gíria utilizada por um participante do BBB (argh...), tornou-se a palavra da moda no grupo.








segunda-feira, 21 de março de 2022

Apenas geopolítica.

 No passado havia uma frase que dizia do México ou Canadá não lembro bem: 

- Pobre deles, tão longe de Deus e tão próximos  dos Estados Unidos.

Li, não lembro onde,  ela ser aplicada à Ucrânia.

 - Pobre dela, tão longe de Deus e tão próxima à Russia. , 

 Perfeita para definir o conflito entre ambas. É tudo uma questão de geopolítica. E geopolítica é uma questão de interesse das chamadas grandes potências e do que elas entendem por sua zona de influência; é amoral. Assim como os americanos não toleraram mísseis russos em Cuba e tampouco os aceitariam no México e no Canadá, os russos não aceitarão a Ucrânia na Otan. 

Azar dos ucranianos que vivem ao lado de uma grande potência e pagam com suas vidas, cidades e terras devastadas; azar o nosso que pagamos  combustíveis e  grãos mais caros.

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Mais e mais convenço-me  que usamos a racionalidade,  que nos distingue dos animais, para agirmos pior do que eles fariam. A geopolítica é uma prova disso, mas acontece com nós no dia a dia. Analise as razões que você dá para justificar seus erros e depois conversamos.

terça-feira, 1 de março de 2022

Rio, 457 anos!

O Rio é tão decadente, tão maltratado, mas ...é muito lindo. Vivo denunciando as mazelas cariocas, mas minhas caminhadas dão-me a oportunidade de apreciar o que a cidade tem de melhor; suas formas, suas cores, suas vistas.

oh, Deus, salva essa cidade dos seus homens!