O serviço do Rio é ruim mesmo?
Sim. Falta comprometimento, vontade de fazer diferente, renovação. O serviço ultrapassa a linha que divide a informalidade da intimidade. Garçons agem como melhores amigos da vida, taxistas decidem se te levam ou não a um lugar. Há uma atitude relaxada excessiva. Não encaram o atendimento como prestação de serviço, mas como um favor.
Pode dar um exemplo?
Um garçom na Zona Sul reagiu assim ao meu pedido de espaguete à bolonhesa: O senhor vai pedir macarrão com carne moida? Tem coisa melhor. Um taxista me informou que arredondaria a corrida de R$26,00 para R$30,00 porque não tinha troco. Reclamei e ele disse: O senhor vai criar problema? Os cariocas são muito confiados.
O Rio aproveitou a oportunidade da Copa para crescer?
O Brasil não aproveitou, nem o Rio. Está tudo atrasado, malfeito. Não treinamos nada, não mudamos, não investimos para atrair turistas. Teremos apenas a sensação de que tudo poderia ter sido diferente e melhor. É visão míope.
Carlos Ferreirinha, ex-presidente da Vuitton do Brasil para a Coluna Gente Boa - O Globo, 17.05.2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário