Antes de fugir do Rio no sábado a tarde, dei um mergulho na Praia do Diabo lá no Arpoador, um hábito que retomei recentemente. Afinal não há tempo mais apropriado prá se ver o Capeta do que o nosso.
No caminho, topei com o esquenta do Bloco da Favorita na Atlântica, na frente do Hotel Othon. No meio de todo aquele agito, de muita gente esquisita brotando dos terminais do metrô como o fazem os cogumelos depois da chuva, um detalhe - o fato marcante daquela manhã, na verdade! - chamou minha atenção. Uma bandinha composta por um sax, um tarol, um surdo e mais um outro instrumento, atravessava a multidão, praticamente sem ser notada; apenas dois ou três foliões a acompanhavam. Tocava - olha que interessante! - marchinhas de carnaval. Quando cruzou por mim rolava Cabeleira do Zezé.
Só consegui ver Carnaval naquele solitário gesto daqueles poucos foliões. No mais... era uma multidão que se embalava ao som de um funk selvagem cuspido por dois gigantescos trios elétricos que maltratavam até minha alma.
Só consegui ver Carnaval naquele solitário gesto daqueles poucos foliões. No mais... era uma multidão que se embalava ao som de um funk selvagem cuspido por dois gigantescos trios elétricos que maltratavam até minha alma.
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