Acabo de ler na Folha de hoje que o Chico Buarque - progressista de carteirinha - vai parar de cantar Com açúcar e com afeto em homenagem às feministas. Ele afirma que Nara Leão - para quem ele fez a letra - faria o mesmo. Tenho minhas sérias dúvidas. Nara era uma mulher arejada. Duvido muito que ela abraçasse a intolerância dos grupos identitários atuais.
A letra - está na matéria - é uma beleza. Retrata a condição humana - só isso! - de uma dona de casa típica daqueles anos que sofre com um marido que gostava mais da rua do que da sua companhia.
A questão é onde iremos parar. Logo, logo vão começar a retirar livros de circulação, a boicotar peças teatrais.... Interdições que se partem do campo progressista não são tachadas como censura. Entretanto se partirem de um grupo conservador....
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O mais incrível é que a maior parte dos patrulheiros velhinhos ou que se submetem à patrulha, fazia parte do grupo que mais berrava contra a censura em tempos pretéritos. Chico é um bom exemplo.
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