segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

A solidão não é para os fracos.

 As festas do final de ano caracterizadas como uma celebração do encontro entre familiares, amigos, pessoas próximas sempre trazem à baila a questão da solidão e das pessoas que tocam o barco da vida sozinhas. Nestes dias, sentem-se como ilhas rodeadas de confraternização e alegria, partícipes de uma festa para a qual não foram convidados. 

Eduardo Affonso , um solitário crônico como eu, aborda a questão em O Globo (27/12)

"Gauderiando"

... e como se não bastasse, com chapéu de beijar santo em parede!




 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Roteiro de uma vida

 Vivi fora da tribo
à margem das manadas,
e conheci o repúdio dos chefes.

O verso ´é de Cristina Peri Rossi, poeta uruguaia que exilou-se em Barcelona desde 1972. Pesquei a pérola na coluna de Ruth de Aquino em o Globo de hoje. A julgar pelo prontuário da moça, tenho pouco em comum com ela a não ser exatamente o conteúdo desses versos. 

Pensando bem... não é tão pouco assim.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Feliz Natal! (II)

 


Feliz Natal!

Natal é a minha festa predileta. Contraditório para um antissocial-raiz,  pois é tida e havida como a festa da família, dos encontros. Há mil motivos... espirituais, mundanos...nada, porém que se compare ao ver o brilho nos olhos de uma criança diante da féerie de luzes, cores e canções para a época, dos presentes, e vá lá... do Papai Noel. O mundo fica em ebulição.

Quieto, no meu cantinho,  maravilho-me cada vez mais com os oratórios de Natal do eterno Johann Sebastian que ouço em rádios geridas pelo poder público, visito os presépios nas igrejas da cidade, e - rito consagrado - ocupo-me da montagem da  árvore de natal e do presépio caseiro. Entretanto, não serão eles que mostrarei. O quadro de pintor neerlandês Geertgen tot Sint Jans de 1490 é de uma riqueza maior. Reparem no jogo de luz e sombra que já prenunciava a escola flamenga barroca.