terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2012

Foi um ano difícil; marcado por reveses importantes que remetem à   precariedade de nossa existência. Tiveram o contraponto de poucas, pequenas mas importantes alegrias, pontos de luz nessa waste land que é nossa passagem por essa vida.
Foi duro perder boa parte da visão do olho direito e de ainda não saber onde isso poderá terminar.
Doloroso constatar na própria família que laços de sangue não são necessariamente laços de afeto.
Quanto às relações pessoais, a desolação de ver um sonho liquefazer-se. Consumira, se posso comparar, o esforço necessário para um maratonista completar sua prova, que dizem ser supremo, porém fora privado da recompensa da chegada. A realidade, a pior possível - um pesadelo! -  revelou-me que continuava no ponto de partida.  Quisera a significância, continuava significado.
Nem tudo, entretanto, foi waste land. Houveram iluminações. Pequenas, cabem  em duas frases:
- Obrigado por tudo. Você é um exemplo prá todos nós - de um aluno meu ao se despedir  ao final do curso que coordeno na empresa.
- Conheci dois canalhas a menos na minha vida. Um deles é você - de um recente amigo meu. 

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O ano se vai e me deixa forte na alma, melhor como pessoa. Na dor nos forjamos. As desventuras se esfumam na poeira do tempo. A alegria de ver minha mãe com 87 anos, sorridente e falante na passagem de ano, é o milagre da vida que se reinventa mesmo onde é baixa a esperança.
Começo o novo ano com uma certeza -  perigosas são as certezas! Como Sísifo, há que  recomeçar sempre, mesmo que o esforço seja vão.
É o drama - ou seria tragédia? - da existência. Comédia... certamente não o é.

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Que 2013 nos faça melhores!

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