sábado, 15 de novembro de 2014

Demasiadamente humano.

Mais do que  pela razão, é pela ética que nos distinguimos dos outros seres e da natureza. É ela quem dá a medida da nossa humanidade.
Cacá Diegues escreveu na sua coluna do Globo de sábado passado que: Até que o Bóson de Higgs nos prove o contrário, o homem é feito de estômago, coração e mente, mais ou menos nessa ordem de prioridades.
Essa questão da prioridade e/ou dicotomia é falsa e comumente utilizada pela esquerda  para justificar suas ações. De fato, sem satisfazer o estômago ninguém sobreviveria, entretanto  a luta pela sobrevivência nos iguala a  todos os outros  seres vivos. O que nos distingue  é o que construimos  ou destruimos  graças a ação de nossos corações e mentes. É nessa dimensão  que nos qualificamos como seres mais ou menos éticos. Como homens retos. Raros nos tempos atuais onde o que importa é ser bem sucedido não importando o preço, tampouco os meios.
Conduta ética é ítem onipresente nos  manuais de todas as companhias. Lembro-me que anos atrás ao receber o meu e olhando ao redor senti o estômago embrulhar-se.  Mero  artifact. Peça de marketing para se autoconferir respeitabilidade. Hoje muitos dos nomes que à   época, ocupavam cargos na alta gerência, são presença constante nas páginas policiais. Além da ética, vícios  nos fazem humanos, demasiadamente humanos: a desfaçatez e a hipocrisia.

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