Elisabeth Bishop
(morou por aqui muitos anos, mas tinha opinião bem pouco lisonjeira sobre o Brasil e os brasileiros)
Maravilhoso cenário continua a ser, mas a cidade maravilhosa se foi. E lá se vão anos. Elisabeth andou por aqui na década de 50 do século passado. De lá prá cá o pior levou quase sempre vantagem sobre o melhor. O bicho-homem fez dela uma urbe violenta, desleixada.
Paisagem recorrente porque caminho para o trabalho, as águas negras repletas de dejetos e com odor nauseabundo do Canal do Cunha mostram o lado B daquela que num passado remoto mereceu o nome de maravilhosa. Quadro desolador mas - ironia! - emoldurado pelo maciço da Tijuca e o Corcovado quando avistado da ponte do Saber. É a surra continuada que a geografia humana aplica à geografia física.
Paisagem recorrente porque caminho para o trabalho, as águas negras repletas de dejetos e com odor nauseabundo do Canal do Cunha mostram o lado B daquela que num passado remoto mereceu o nome de maravilhosa. Quadro desolador mas - ironia! - emoldurado pelo maciço da Tijuca e o Corcovado quando avistado da ponte do Saber. É a surra continuada que a geografia humana aplica à geografia física.
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