A conjunção adversativa soa como excludência. É típica do imaginário que domina a cabecinha dos nossos mudernos. Por que um homem bom não poderia ser um homem de verdade?
O tema foi abordado com essa dicotomia no programa Em Pauta da Globo News de ontem e relacionado - não lembro bem - a uma cadeira ou pesquisa de uma universidade americana que desconheço da área de Nova Iorque.
Mulheres, no discurso, declaram sua preferência por um homem bom - o cara família, trabalhador, o caxias. Na prática, e se puderem, ficam com o homem de verdade - pegador, fodão. Dizem para o distinto público que gostam de homem sensível mas nas internas preferem o machão. O primeiro é sem graça, demodé; o segundo, um carrossel de emoções. É o cara! Dá o maior ibope com as amigas.
Não há novidade alguma na constatação. Para não ser injusto, faço as ressalvas para as exceções de praxe. Nelson Rodrigues já havia matado a charada. O problema é que a opção pelo homem de verdade, pode muitas vezes ser um bilhete sem volta para o inferno. Emma Bovary que o diga!
Pelo que me cabe nesse latifundio, posso dizer que sou um cara sem graça.
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