Entrevistado por ocasião da morte de seu pai, Francisco Zavascki, disse que em uma das últimas conversas que tiveram, o ministro Teori tinha-se manifestado preocupado com o ano de 2017. Ele era um homem bem informado; relator da LavaJato no Supremo prestes a colocar na praça a delação do fim do mundo - que espera-se - porá a República de pernas para o ar. Torço por isso.
Eu pensei que o pior tinha passado, pois 2016, no plano nacional foi ruim de doer, fato que todos admitem. 2017 já disse a que veio - atentado do EI na Turquia, motins e muita degola nos presídios nacionais, o acidente aéreo com a morte do relator da LavaJato no STF, Donald Trump botando prá quebrar na América - sugerindo que as preocupações do ministro morto estavam corretas. E vem aí as delações da Odebrecht. Outro ano, outro baile animado.
Curiosamente para minha vida profissional e pessoal, 2016 foi um bom ano, o melhor dos últimos, marcados por tsunamis ora pessoais ora profissionais. Sobrevivi - sozinho - a todos eles. A resiliência talvez seja minha única virtude. Mantenho-me sempre acima da linha d´água, invariavelmente solitário.
Tenho certeza que seria um prato cheio para psicanalistas e psicólogos. Até hoje os dispensei. Basta-me a filosofia.
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