segunda-feira, 4 de junho de 2018

Na democracia o inferno somos nós.

É a feliz conclusão do artigo de Vinicius Mota na Folha de hoje, parafraseando a existencialíssima o inferno são os outros de Sartre. Melhor errar e acertar numa democracia - a pior forma de governo, excetuando-se as demais, segundo Churchill -  do que numa ditadura.

  • Afinal Hitler não foi eleito democraticamente?
  • Pesquisas mostram que em torno de 70% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência, mesmo sabendo que isso pode lhes custar o futuro.
  • 87% dos brasileiros aprovou a greve dos caminhoneiros, mas não quer pagar  suas consequências funestas.
Para o bem e para o mal, melhor apostarmos nela, enquanto não descobrimos coisa melhor. É porque vivemos um um regime democrático - de baixa qualidade, é verdade! - que está em nossas mãos o futuro do país. As eleições vem aí e com elas a possibilidade de varrer do cenário as criaturas do pântano, que graças ao nosso voto, proliferam na administração pública. A democracia nos dá esses poderes. Temo que não saibamos usá-los. Afinal democracia não é prá todos e não fomos educados para viver em uma democracia. É preciso conquistar o direito de tê-la. Acredito que ainda estamos distante  disso, pois criar um imaginário democrático em uma nação demanda  educação, postura e exemplos dos mais velhos,  ações que demandam tempo.  Talvez uma geração.
Nosso país é disfuncional, dono de um imaginário popular torto que semeou ventos desde que os portugueses por aqui aportaram. Nessa década em particular estamos colhendo a tempestade. Pior, flertando com o abismo.
Oxalá, aprendamos e nos regeneremos pelo voto.

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