sábado, 20 de março de 2021

...e não vale mesmo...

 


Se o capitão quando era a escumalha do baixo clero assombrava o país apoiando o regime militar de 64  e defendendo a tortura, o que fazia dele uma figura impar e muitas vezes  descrita como exótica pelos bem pensantes da nossa inteligentsia, imagina o que ele pode aprontar agora, que é presidente da República, eleito por quase 60 milhões de brasileiros. Se antes na sua insignificância ele assombrava o país, agora ele assombra o mundo, sabotando toda e qualquer medida que impeça a propagação do vírus em Pindorama. Faz do país um matadouro. Nem o ditador da Coréia do Norte cometeria tamanho disparate.

Não tenho dúvidas de que ele é portador de graves distúrbios de personalidade dada sua invulgar capacidade de se portar como um outsider defendendo posições radicais, normalmente de extrema  direita em relação ao mainstream, aliadas à propensão para estimular  o conflito ao invés do diálogo entre as partes. É dele que sua personalidade se alimenta e ganha corpo. Fica confortável operando na contra-mão; nega ditaduras, apoia torturadores, nega o isolamento social, é anti-vacina. Deixo o veredicto para psicólogos e psiquiatras. Duro mesmo é admitir que foi a um tipo com essa quadratura que entregamos os destinos da nação por quatro anos que teimam em não passar.

A eleição democrática de um traste - sim, um traste! - desse calibre, justo num período de pandemia universal, não me deixa dúvidas quanto a nossa impossibilidade de construir uma nação pelo menos a curto prazo. Desisto. Vou viver minha vidinha de aposentado, far away desse insensato mundo.

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