quinta-feira, 6 de maio de 2021

Mito de Sísifo tupiniquim

 ...é nosso combate à corrupção. Multiplicam-se as decisões na Justiça livrando a turma do colarinho branco de denúncias protocoladas contra eles. 

Ontem um juiz federal de Brasília - o mesmo que já absolvera Michel Temer em março de ter recebido vantagens para beneficiar empresas no porto de Santos - absolveu sumariamente a turma do quadrilhão do MDB acusada pelo MPF de ser uma organização criminosa que arrecadava propina por meio de órgãos públicos como Petrobras e CEF além da Câmara de Deputados e ministérios do governo federal. Olha só quem figurava na turma: Michel Temer, Eduardo Cunha, Geddel Viana, Moreira Franco, Eliseu Padilha... só para citar os mais ilustres. De menor nomeada havia o homem da mala... o Rocha Loures.

Muitas pedras do dominó ainda cairão após a derrocada da LavaJato. Infelizmente somos uma República de Ladrões. Naturalizamos a corrupção que tornou-se assunto entediante. É nosso way of life. Incorporou-se a  nossos usos e costumes; levar algum do Erário  faz parte do currículo da boa parte da nossa classe política e como a LavaJato provou de boa parte de nossa classe empresarial. Até porque, sempre haverá no Judiciário alguém que matará no peito a denúncia. 

Por essas terras, combate à corrupção é visto depreciativamente como moralismo, lavajatismo, preocupação da direita conservadora. De acordo com nosso Farol de Alexandria em jurisprudência, doublé de juiz do STF e empresário da educação, Gilmar Mendes: O moralismo é a pátria da imoralidade

Por essas e outras estamos condenados à mediocridade; somos o país do futuro ad aeternum. É desalentador mas os fatos comprovam que  por mais tentativas que se faça para fechar a porteira dos crimes da turma do andar de cima, a boiada continua passando. 

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